Tropas dos EUA na Polónia visam a Rússia

CERCO Os Estados Unidos da América intensificam o cerco militar à Rússia, transferindo um milhar de soldados da Alemanha e assim aumentando o número de tropas norte-americanas estacionadas na Polónia.

Acordo Polónia-EUA para «fortalecer a NATO» junto à fronteira russa

A operação realiza-se no âmbito de um tratado classificado como um mecanismo de dissuasão contra Moscovo e para «fortalecer a NATO».

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, assinaram no dia 15, em Varsóvia, um acordo para reforçar a presença norte-americana nesse país europeu, uma acção vista como uma provocação à Rússia.

Numa cerimónia na capital polaca, na presença do presidente Andrzej Duda, Pompeo e Blaszczak rubricaram o Acordo de Cooperação de Defesa Melhorado (EDCA, em inglês), cuja aprovação e implementação foi anunciada por Washington no começo deste mês.

No âmbito do referido pacto, a administração Trump comunicou a deslocação para a Polónia de mil militares norte-americanos, transferidos da Alemanha, que se juntam a mais de 4500 soldados já estabelecidos no país. Vão também ser concretizados projectos como a construção de bases permanentes, centros de treino, instalações portuárias e aeroportuárias para a instalação de equipamentos e tropas.

Recentemente, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, indiciou que o EDCA constitui um dito «mecanismo de dissuasão contra a Rússia que fortalecerá a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO)».

Meios de imprensa, entre os quais o New York Times, alertaram uma vez mais que medidas como estas evidenciam acções conflituosas contra Moscovo e incentivam fricções e hostilidades.

Vários analistas consideram que o convénio entre a Polónia e os EUA implica despesas excessivas e desnecessárias, só alimentado pela ambição dos governantes norte-americanos de dominação e controlo mundial.

A assinatura do tratado tem lugar pouco depois de ter sido anunciada a retirada de cerca de 12 mil militares norte-americanos da Alemanha e de terem aumentado as contradições entre Washington e Berlim em torno do funcionamento da NATO e das despesas militares de cada país membro daquele pacto bélico.




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