Contra o desemprego, sindicato alemão é favorável a semana de quatro dias
Num contexto de crise económica, a questão da diminuição do tempo de trabalho ressurgiu na Alemanha. O maior sindicato alemão, IG Metall, mostra-se favorável a tal medida e propõe a passagem à semana de quatro dias.
Um dos grandes sindicatos europeus quanto ao número de membros, o IG Metall pretende a abertura de negociações a fim de passar à semana de quatro dias, segundo um despacho da Reuters, citado pelo canal televisivo RT.
Trata-se de limitar a supressão de postos de trabalho, num contexto de recessão económica, devido à pandemia de COVID-19. A semana de quatro dias «poderia permitir preservar empregos industriais em vez de os suprimir», declarou o dirigente do sindicato, Jorg Hofmann, ao jornal Suddeutsche Zeitung.
Um responsável sindical estimava em Julho que estavam ameaçados 300 mil postos de trabalho na indústria metalúrgica e eléctrica alemã.
A proposta do IG Metall – que representa 2,3 milhões de trabalhadores dos sectores da metalurgia, do têxtil, da madeira e do plástico – poderia servir de base a futuras negociações com as organizações patronais.
Em França, a CGT apresentou recentemente uma proposta idêntica, entre outras opções para reduzir o tempo de trabalho, visando combater o desemprego.