«Os Verdes» exigem investimento na floresta

O Conselho Nacional (CN) do Partido Ecologista «Os Verdes», reunido a 20 de Junho de 2020, debateu os efeitos da crise económica, social e de saúde pública, provocada pela COVID-19, as consequências do Programa de Estabilização Económica e Social e do Orçamento do Estado Suplementar 2020, bem como a situação ambiental em Portugal. Nas conclusões do CN, os ecologistas acusam o Governo de continuar a «aplicar muitos milhões nas ajudas a grandes empresas, como o Novo Banco e a TAP, sem sequer impor a condição de o Estado assumir o seu efectivo controlo, não só melhorando a sua gestão operacional, como evitando distribuições abusivas de prémios e dividendos».

Por outro lado, manifestaram a sua preocupação quanto «à indefinição de quanto e como será o apoio da União Europeia à economia portuguesa, o que não impediu o Governo PS de, apressadamente contratar pro bono um gestor do sector privado, ligado à exploração petrolífera e com anteriores referências à sua opinião de que não merece a pena investir em Portugal, para gerir as verbas que vierem a ser atribuídas ao País, tarefa que competiria ao Governo, através dos seus vários ministérios».

O PEV defendeu ainda que «é preciso investir seriamente» na floresta, «levando à prática o que está contemplado na Lei». «O País precisa de trilhar caminho para a redução da área que as monoculturas de eucalipto ocupam no nosso espaço florestal», um problema que «não pode continuar a ser adiado», acentuam os ecologistas, que, entre outras propostas, reclamam «meios de fiscalização em número suficiente nas estruturas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas».

Por último, «Os Verdes» consideram «muito preocupante» a forma como a extrema-direita «apontou o dedo a algumas minorias concretas, nesta fase da pandemia, com a utilização de discursos racistas e xenófobos, assim como a intolerância que demonstrou com o direito de manifestações e concentrações, mesmo quando respeitadas todas as normas sanitárias devidas».

Acordo ortográfico

No dia 23 de Junho, o PEV entregou na Assembleia da República um projecto de resolução onde recomenda ao Governo que promova uma avaliação científica global dos efeitos da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, diagnosticando a percepção da sua utilização entre a população em geral, as escolas, as comunidades académica e literária e os órgãos de comunicação social.

De acordo com o resultado da avaliação pública, defendem os ecologistas, devem ser promovidas «medidas com vista à correcção dos efeitos nefastos que sejam identificados» e, se as conclusões de tal avaliação assim apontarem, numa situação limite, «à orientação para a suspensão do Acordo Ortográfico de 1990, acautelando as medidas necessárias de acompanhamento e transição, por forma a evitar uma maior desestabilização neste processo».




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