Venezuela bolivariana denuncia agressão «mercenária e terrorista»
REPÚDIO Na madrugada de dia 3, as forças armadas venezuelanas frustraram uma tentativa de desembarque de grupos mercenários na costa do estado de La Guaira, para realizar acções terroristas no país.
O PCP reclama do Governo português a condenação da agressão
A intentona foi denunciada no próprio dia pelo governo da República Bolivariana da Venezuela, através de um comunicado em que denunciou a nova agressão mercenária e terrorista, «organizada a partir do território da Colômbia e planeada por agentes dos EUA contra a paz, a democracia e a soberania da Venezuela». Na operação fracassada, acrescenta-se na nota, «vários terroristas foram mortos e outros presos, e um lote importante de armas, veículos e material de guerra também foi apreendido».
Segundo o comunicado, um dos capturados confessou ser um agente veterano da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA). Desertores militares venezuelanos e um ex-membro das forças especiais do Exército dos EUA assumiram a responsabilidade pela operação fracassada e confirmaram que ela foi planeada e organizada no território da Colômbia e que embarcações armadas navegaram a partir desse país.
Governos, movimentos sociais, partidos e personalidades, em diversos pontos do mundo, condenaram a tentativa de golpe terrorista pelo grupo de mercenários e reafirmaram a sua solidariedade com a República Bolivariana da Venezuela e seus legítimos dirigentes e com o povo venezuelano.
Levar mais longe
a solidariedade
Numa nota tornada pública na segunda-feira, 4, o PCP denunciou esta tentativa de agressão como uma «nova provocação de carácter terrorista», evidenciando o que ela representa de atentado contra a soberania da República Bolivariana da Venezuela e os direitos do povo venezuelano. O Partido denuncia o apoio operacional do governo da Colômbia àquela acção terrorista, que, acrescenta, se insere na «escalada de ‘guerra híbrida’ e intimidação militar adoptada pelo imperialismo norte-americano».
O agravamento da guerra económica, a imposição de sanções contrárias ao direito internacional e a «enorme concentração de meios da Marinha de guerra dos EUA no mar das Caraíbas» comprova que a administração norte-americana, apoiada pelos seus «serventuários regionais» e contando com a «vergonhosa cumplicidade» da NATO e da UE, persiste em levar a cabo a ingerência e agressão contra um país soberano, não se coibindo até de utilizar para esse fim a situação de pandemia.
No seu comunicado, o PCP reitera a «exigência do fim imediato da ingerência, das sanções e bloqueio económico e das ameaças militares contra a Venezuela», ao mesmo tempo que apela ao «fortalecimento da solidariedade» em prol da Venezuela bolivariana e do direito do seu povo a «determinar livremente e em paz o seu destino». E reclama do Governo português uma «clara e firme denúncia e condenação deste acto de agressão, «em defesa dos interesses do povo português, particularmente da comunidade luso-venezuelana residente neste país sul-americano, e no respeito da Constituição da República».
O Governo, acrescenta, «deve demarcar-se da política de ingerência e agressão, que desrespeita as mais elementares normas do direito internacional, levada a cabo pela Administração Trump dos EUA contra a Venezuela».