Nos últimos dias, a JCP realizou acções de contacto com trabalhadores de grandes superfícies comerciais e com estafetas, em Lisboa, procurando conhecer os seus problemas e dar voz às suas reivindicações.

Alma Rivera, deputada do PCP na Assembleia da República, participou em várias dessas acções, tendo contactado que a situação dos jovens trabalhadores, com um grande peso da precariedade e baixos salários, agravou-se com o surto epidémico, que tem servido de pretexto para cortar nos rendimentos e direitos de quem trabalha.

Exemplo desta situação é o Centro Comercial (CC) El Corte Inglés, com cerca de dois mil trabalhadores. Recentemente, a maior parte dos trabalhadores passou para o regime de lay-off, salvaguardando os lucros da empresa.

No CC Vasco da Gama, o Continente e a Worten, a funcionar, tiveram casos de trabalhadores infectados com COVID-19, ficando as medidas de desinfecção e contenção do vírus aquém do necessário. «O sentimento de incerteza destes trabalhadores, que já existia, como resultado da precariedade a que eram sujeitos, aumenta fruto de toda esta situação», adverte a JCP.

Também em situação de grande precariedade estão os estafetas da Ubereats, Glovo e de outras plataformas. «Não tendo qualquer vínculo laboral, um trabalhador que tenha um acidente de trabalho, de assistir um familiar ou de se ausentar por doença, perde integralmente os seus rendimentos», acentuam os jovens comunistas, lembrando que aqueles estafetas «chegam a trabalhar mais de 12 horas por dia, em condições extremamente adversas». Hoje, «a sua situação laboral está ainda mais ameaçada», acrescentam.