Fim às ameaças dos EUA contra a Venezuela

AMEAÇAS As forças armadas da Venezuela mobilizam meios de combate para locais estratégicos do país, face aos planos de agressão pelo governo dos Estados Unidos, anunciou o presidente Nicolás Maduro.

EUA persistem nas agressões e ingerências contra a Venezuela

No meio da pandemia de COVID-19, a administração norte-americana ordenou na semana passada incrementar a presença de efectivos militares na região latino-americana, em especial na zona oriental caribenha, a pretexto de reforçar a luta contra o narcotráfico.

Maduro reiterou a existência de grupos financiados a partir da Colômbia e dos EUA que pretendem provocar acções violentas para atentar contra a paz e a estabilidade da Venezuela, num cenário marcado pelo combate contra a propagação do coronavírus SARS-CoV-2.

Numa declaração feita no no Palácio de Miraflores, em Caracas, na sexta-feira, 3, o chefe do Estado venezuelano ordenou a colocação de peças de artilharia em lugares estratégicos, como parte dos exercícios militares «Escudo Bolivariano 2020». Precisou então que as manobras começariam imediatamente com a intenção de «prepararmos a defesa da paz».

Ademais, o presidente instou todos os sectores adversários da Revolução Bolivariana a selar um acordo humanitário nacional para trabalhar em unidade pela erradicação da ameaça sanitária.

Enquanto as autoridades venezuelanas contêm a propagação do coronavírus, com rigorosas medidas de isolamento e de pesquisa massiva, enfrentam o recrudescimento da hostilidade de Washington, com a cumplicidade de governos da região e de sectores radicais da oposição.

Falsas acusações
e desvio de atenções

A suposta operação anti-narcóticos dos EUA seguiu-se à montagem judicial de falsas acusações promovidas pela administração Trump contra Nicolás Maduro e outros altos dirigentes venezuelanos, sob a forma de alegados delitos de narcotráfico.

Trump anunciou no dia 1 de Abril que os EUA estão a enviar para perto da Venezuela navios da sua marinha de guerra, apoiados por aeronaves de vigilância e forças especiais terrestres, como medida de intensificação de operações anti-droga nas Caraíbas.

«Estamos perante o pretexto das armas de destruição massiva que usaram para invadir o Iraque em 2003 mas agora em versão narcotraficante e racista», afirmou o embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada.

O diplomata recordou que desde Agosto de 2019 as autoridades de Caracas denunciam perante as Nações Unidas o plano dos EUA de impor um bloqueio naval à Venezuela, como parte das acções para provocar uma mudança de regime por vias anticonstitucionais.

O governo bolivariano declarou que a administração norte-americana pretende agredir a Venezuela com base em infâmias e ameaças, tentando desviar a atenção da situação humanitária existente nos EUA «em consequência da resposta errática das suas autoridades perante a COVID-19».



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