Afronta à soberania da Venezuela

«O PCP condena o indigno apoio ontem anunciado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo português à cínica operação de ingerência e desestabilização da Administração Trump contra a República Bolivariana da Venezuela, autodesignada de “Plano de transição democrática para a Venezuela”, que constitui um novo e gravíssimo acto de agressão aos direitos e à soberania do povo venezuelano».

Em nota de imprensa divulgada ontem, o Partido salienta também que o apoio constitui «uma postura tanto mais grave quanto, tal como aconteceu com o imediato reconhecimento do fantoche Juan Guaidó, coloca o Governo do PS na primeira linha de uma nova escalada agressiva do imperialismo norte-americano que, perante a frustração de sucessivas arremetidas, procura agora tentar utilizar a situação criada com o surto da COVID-19 para tentar vergar a resistência patriótica do povo venezuelano e impor-lhe o seu domínio».

«O que o Governo português deveria, em nome da solidariedade e dos direitos humanos, era defender o fim imediato das ilegais e unilaterais sanções dos EUA e da UE contra a Venezuela e contra outros países, e não compactuar com a cínica e desumana chantagem das sanções e bloqueio económico e financeiro que tanto atingem o povo venezuelano e que os EUA se recusam a levantar», realça ainda o PCP, que, no texto, volta a condenar «com particular veemência este novo acto de ingerência nos assuntos internos de um país soberano, e reitera a exigência de que o Governo português respeite a Constituição da República Portuguesa e não associe o nome de Portugal às operações agressivas do imperialismo, em aberto confronto com o direito internacional».

O Partido reitera igualmente «a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo da Venezuela, assim como à comunidade portuguesa que vive neste país, cuja defesa dos legítimos interesses o Governo português abandona com a sua submissão à agenda subversiva do imperialismo norte-americano».



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