Partido confronta Governo com cortes nos transportes no distrito de Setúbal
MOBILIDADE Na Linha do Sado e nas ligações fluviais a Lisboa, as empresas estão a proceder à redução da oferta, colocando em causa a segurança dos utentes, denuncia o PCP, que questionou o Governo sobre a matéria.
A situação assume gravidade pelos riscos da concentração de utentes
Em causa estão cortes nos serviços regulares por parte da CP, Transtejo e Soflusa, «o que em si é gerador de mais e desnecessários factores de risco para aqueles que têm que se deslocar por razões de trabalho ou outras previstas nos actuais condicionalismos existentes face à crise epidemiológica que o nosso país enfrenta».
«A situação assume ainda uma maior gravidade pelos riscos acrescidos que gera a concentração de utentes», designadamente nas horas de ponta, «contrariando claramente as orientações da Direcção Geral da Saúde (DGS)», notam os deputados do PCP eleitos nas listas da CDU pelo distrito de Setúbal, Paula Santos e Bruno Dias, em perguntas ao Governo entregues na Assembleia da República.
Do executivo liderado por António Costa, os comunistas pretendem, por isso, respostas quanto a medidas a tomar para garantir a reposição dos serviços cortados, assegurando, assim, que os utentes dos transportes públicos são transportadosem condições de segurança, e relativamente a iniciativas visando a higienização dos comboios e das estações e apeadeiros na Linha do Sado, e dos navios e estações fluviais no caso das ligações asseguradas pela Soflusa e Transtejo.
Quanto a estas últimas, informou o Gabinete de Imprensa da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, que divulgou as perguntas, Bruno Dias e Paula Santos também pretendem que o Governo explique se está a acompanhar a adopção de «condições de espaço nos terminais de embarque de modo a garantir que os passageiros não se encontram amontoados e sejam respeitadas as indicações [da DGS] a esse respeito».