Os heróis com baixos salários
O CESP/CGTP-IN defendeu, dia 23, que «é urgente uma forte e imediata intervenção por parte das autoridades inspectivas» nos super e hipermercados e no sector social.
À comunicação social, o sindicato admitiu que os trabalhadores «têm consciência e sabem da importância do seu trabalho». Mas, sendo «agora intitulados de heróis», eles «têm sido desprezados pelas instituições e empresas, que ao longo de vários anos, tanto no sector social afecto à União das Misericórdias Portuguesas, como nos super e hipermercados», enfrentando «tentativas patronais de imposição de banco de horas, com a redução do valor do trabalho suplementar», e estão com «salários baixos, muitos com o salário mínimo nacional, face ao bloqueio negocial patronal de muitos anos».
«São os "heróis" do momento, mas estes "heróis" também adoecem, também têm família, exigem condições de segurança e saúde e, sobretudo, exigem respeito por si e pelos seus direitos, sendo na sua grande maioria, mulheres trabalhadoras», protesta o sindicato.