CPPC no Fórum Internacional de Juventude em Solidariedade com o Saara Ocidental
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) participou no primeiro Fórum Internacional de Juventude em Solidariedade com o Saara Ocidental, que se realizou, de 11 a 13 de Março, nos campos de refugiados saarauís em Tindouf, Argélia.
No Fórum, Sofia Costa, da Direcção Nacional do CPPC, saudou, em especial, a União da Juventude Saarauí, a UJSARIO, pela organização da iniciativa, bem como a Frente Polisário, «legítima representante do povo saarauí, pelos seus 47 anos de heróica e intensa resistência e luta contra o colonialismo, de luta pelo inalienável direito à autodeterminação do seu povo».
Ofensiva contra direitos
«A situação internacional é marcada por uma feroz ofensiva contra os direitos e as conquistas dos povos, nomeadamente contra o direito a decidirem livremente do seu presente e futuro; uma ofensiva levada a cabo pelos EUA e pelas potências da UE, como a França, que tem um carácter profundamente neocolonialista em relação a África», delarou Sofia Costa, condenando, também, a «activa cumplicidade que as grandes potências ocidentais têm com a ilegal ocupação do Saara Ocidental pelo Reino de Marrocos e os seus crimes e violações dos direitos humanos perpetrados contra o povo saarauí nos territórios ocupados».
«Veja-se como, em troca da exploração dos recursos do Saara Ocidental, se silencia cinicamente a colonização e repressão exercidas contra o povo saarauí e os seus inalienáveis direitos», apontou a dirigente, dando como exemplo «os acordos entre a União Europeia e Marrocos».
Acções em Portugal
Membro do Conselho Mundial da Paz, o CPPC tem promovido em Portugal acções de solidariedade com a justa luta do povo saarauí e a Frente Polisário. Em 2019, uma delegação da UJSARIO, além de ter participado em iniciativas públicas, contactou com diversas organizações, grupos parlamentares e instituições do nosso País.
O CPPC exige o fim da ocupação colonialista do Saara Ocidental pelo Reino de Marrocos; o respeito pelo direito à autodeterminação do povo saarauí e do seu direito a um Estado livre, independente e soberano; o fim da brutal repressão do Reino de Marrocos e a protecção dos direitos humanos, incluindo os cívicos e políticos dos cidadãos saarauís nos territórios ilegalmente ocupados; a libertação dos presos políticos saarauís detidos em prisões marroquinas; o reconhecimento pelo Governo português da República Árabe Saarauí Democrática e a adopção por parte deste, de uma posição interventiva, agindo em coerência com o direito dos povos à autodeterminação, no respeito do artigo 7.º da Constituição da República Portuguesa.