Capitalismo: O lodo no cais
O que se passa no Porto de Lisboa é de uma absoluta simplicidade: o patronato quer, como quer sempre, reduzir o preço da força de trabalho; como os trabalhadores recusaram baixar os salários o patronato provocou a insolvência fraudulenta da Empresa de Trabalho Portuário, para se libertar dos contratos e dos trabalhadores; e tenta agora contratar parte desses trabalhadores por um preço mais baixo noutra Empresa de Trabalho Portuário detida pelos mesmos patrões.
Estamos perante uma fraude, que o Governo e a APL (Administração do Porto de Lisboa) fingem não ver, colocando-se assim ao lado dos patrões. Estamos perante um processo de gestão danosa, que a justiça finge não ver, colocando-se assim ao lado dos criminosos.
Todos - Governo, Administração Portuária, Justiça e a Comunicação Social que tanto desinforma sobre estes processos - assumem com cada vez mais desfaçatez a sua submissão ao grande capital monopolista, que neste caso é, como tende maioritariamente a ser, de uma multinacional, nesta caso turca, a Yildrim, que por cá se faz representar pelos habituais lacaios apátridas que o dinheiro compra com facilidade.
Mas por detrás de tudo isto está a burguesia, na permanente busca da sua total liberdade para explorar e oprimir os trabalhadores, está o velho e podre capitalismo, neste seu estertor final imperialista.
A resposta a tudo isto só pode ser o reforço da unidade e da luta, como está a acontecer no Porto de Lisboa. E do Partido, que não quer gerir o capitalismo, quer acabar com ele.