PCP exige apoio para refugiados na fronteira Grécia-Turquia
REFUGIADOS O PCP quer saber, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, quais são os apoios que se podem desde já mobilizar para o acolhimento e a protecção de refugiados na fronteira Grécia-Turquia.
Deputada comunista questiona diligências da UE sobre refugiados
Sandra Pereira, deputada do PCP no Parlamento Europeu, dirigiu no passado dia 3, à Comissão Europeia e ao Conselho Europeu, uma pergunta, com pedido de resposta escrita, sobre o agravamento da situação dos refugiados na fronteira entre a Grécia e a Turquia.
«A guerra de agressão à Síria, desencadeada há cerca de nove anos, por diversos membros da NATO e seus aliados no Médio Oriente e Golfo Pérsico, com a activa cumplicidade da União Europeia [UE], provocou milhões de deslocados na Síria, assim como milhões de refugiados que procuraram refúgio em países do Médio Oriente e países integrantes da UE», começa por lembrar a deputada comunista portuguesa.
Diz mais: «Face à continua acção de grupos terroristas na região de Idlib, entre os quais afiliados do denominado “Estado Islâmico”, apoiados pela Turquia – em desrespeito de acordos anteriormente firmados com vista à construção de uma solução negociada e pacífica –, as autoridades turcas decidiram reabrir as suas fronteiras, apesar do acordo que estabeleceram com a UE em 2016 para assegurar que não o fariam, a troco de milhares de milhões de euros».
Face ao anúncio de que os presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu se deslocaram no dia 3 de março à Grécia para, com o primeiro-ministro grego, visitarem uma zona da fronteira com a Turquia e «avaliarem no terreno o que pode ser melhorado em termos de apoio», Sandra Pereira questionou, decorrente dessa visita, «quais são os apoios que vão ser melhorados, quais os seus objectivos e que meios financeiros serão disponibilizados».
A deputada do PCP no PE quer também saber, da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, quais são os apoios que se podem desde já mobilizar para «o acolhimento e protecção de refugiados, em conformidade com a Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados» e que diligências estão a ser levadas a cabo junto do governo turco para «o fim da sua agressão à Síria e o pleno respeito da soberania e integridade territorial da República Árabe Síria».