O deputado do PCP no Parlamento Europeu, João Ferreira, apresentou anteontem, 10, uma declaração escrita na qual alerta para os «dois tipos de exigências» colocadas pelo surto epidémico do CoViD19: «o reforço de medidas de prevenção no domínio da saúde pública e a criação de condições e de meios para a resposta clínica necessária.»

Para o deputado comunista, é necessária uma «correcta articulação entre os vários países e as respectivas autoridades de saúde, no domínio da prevenção, na diminuição de riscos de contágio e na vigilância epidemiológica». Mas urge, também, reforçar os sistemas públicos de saúde, o «único e real instrumento para uma resposta adequada, universal e pronta à situação».

João Ferreira realça ainda o facto de este surto de somar à resposta que os serviços de saúde «já tinham de dar e que continuam a ter de dar a um vasto conjunto de outras situações». Percebe-se assim melhor, acrescenta, o impacto das orientações da Comissão Europeia para «que se corte no financiamento dos serviços públicos de saúde».

«Agora, que todos os hospitais de referência são públicos e que os seguros de saúde privados se desresponsabilizam dos doentes, percebemos melhor o perigo da ideologia que faz da saúde um negócio», sublinha o eleito comunista, concluindo que «quando as regras do défice se sobrepõem a direitos fundamentais o resultado só pode ser mau».