Manifestação em Londres pede libertação de Assange

Centenas de pessoas exigiram no sábado, 22, em Londres, a libertação do fundador da Wikileaks, Julian Assange, dois dias antes do começo do julgamento em que a justiça britânica decide sobre a sua extradição para os Estados Unidos. Entoando palavras de ordem como «Só há uma decisão, não à extradição!», os manifestantes marcharam desde a embaixada da Austrália até à Praça do Parlamento, no centro da capital britânica.

A fundadora da plataforma Stop the War, Lindsey German, garantiu que Assange jamais terá um julgamento justo nos EUA, onde o acusam de ter publicado informação confidencial sobre a diplomacia e as acções militares norte-americanas. «Por que é que em vez de o julgar a ele não levam a tribunal os criminosos de guerra desmascarados pelos materiais divulgados pela Wikileaks?», questionou German.

Diversos intervenientes no protesto usaram da palavra para defender Assange e alertaram que uma eventual extradição sua para os EUA seria um terrível precedente para a liberdade de expressão e o jornalismo. Foi também referido que, se Washington conseguir os seus propósitos, sentir-se-á depois com direito a prender qualquer comunicador que não alinhe com os seus interesses.

O australiano, de 48 anos, encontra-se encerrado na prisão de máxima segurança de Belmarsh, em Londres, desde a sua detenção na embaixada do Equador, em Abril, pela polícia inglesa.

O julgamento sobre o pedido de extradição decorre desde segunda-feira, 24, e ao longo de toda a semana, no Tribunal de Woolwich. Depois de ouvir as alegações dos procuradores estado-unidenses e dos advogados de defesa, a juíza deverá marcar uma nova sessão para 18 de Maio.

Se fosse entregue aos EUA pela justiça britânica, Assange enfrentaria uma condenação de 175 anos de cárcere, em resultado das 18 acusações que lhe imputam, que incluem desde conspiração para cometer espionagem até pirataria informática.




Mais artigos de: Europa

Franceses rejeitam alteração das reformas

MANIFESTAÇÃO Milhares de franceses voltaram às ruas de Paris e de outras cidades para exigir a retirada da proposta de legislação apresentada pelo governo para alterar o sistema de cálculo das reformas.

Empobrecer a trabalhar

Por proposta dos deputados do PCP no Parlamento Europeu, vai ser elaborado um relatório sobre a pobreza de quem trabalha ou, dito de outra maneira, como a política de salários baixos, designadamente baseada no salário mínimo, não tira os trabalhadores da situação de pobreza. Também na última semana foi apresentado um...