Reforçar a participação do Estado na Galp
«É urgente eliminar a exposição da Galp e da sua relevância nacional a jogos de interesses privados», refere a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal (CCT) num comunicado recente a propósito das notícias envolvendo a empresária angolana Isabel dos Santos. A CCT realça que as «declarações pela rama» feitas pelo Governo acerca desta questão não passam de uma forma de «passar recados ou desviar as atenções», permanecendo o problema central: a ausência de respostas que «garantam tanto o interesse nacional como dos trabalhadores».
Já no início do ano, mal estas notícias vieram a público, a CCT colocou a necessidade de «reforçar a participação do Estado na Galp», através da Parpública – que tem sete por cento do capital (tanto quanto Isabel dos Santos) e é o segundo maior accionista directo da petrolífera. A CCT pretende saber se a Parpública vai assumir ou, pelo menos, encetar negociações para adquirir a participação daquela, ou se deixa ao arbítrio alheio todas as geometrias de interesses que cabem na alienação da participação de Isabel dos Santos».