Presidente argentino na Europa pede apoios para renegociar dívida ao FMI

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e o presidente da Argentina, Alberto Fernández, relançaram na terça-feira, 4, em Madrid, as relações entre os seus países, coincidindo com a chegada ao poder dos dois políticos.

Num encontro na capital espanhola, Sánchez e Fernández acordaram dar um importante impulso nas relações bilaterais, «agora nas mãos de dois governos progressistas», segundo um comunicado oficial. «Um vínculo mais entre dois países, Espanha e Argentina, que compartem laços económicos, culturais e humanos», destaca a nota de imprensa distribuída pelo Palácio de la Moncloa, sede da presidência do governo espanhol.

Segundo o texto, o dirigente social-democrata espanhol transmitiu ao presidente argentino a solidariedade de Espanha «para superar a difícil situação económica e social que vive a Argentina, assim como o apoio ao processo de renegociação da dívida». E prometeu que a Espanha continuará a ser uma ponte entre a Argentina e a União Europeia.

Os dois governos partilham desafios comuns, como a resposta à emergência climática, a luta pela igualdade real entre homens e mulheres, a adaptação ao contexto digital, a aposta pelo multilateralismo e a defesa da justiça social, destaca o comunicado conjunto.

Alberto Fernández, que assumiu o cargo em Dezembro passado, realizou nos últimos dias um visita a diversos países da Europa que o levou a Itália, Alemanha, Espanha e França. De acordo com diversos meios de comunicação, o objectivo da sua viagem foi garantir o apoio desses governos europeus junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) para renegociar a avultada dívida externa argentina.

As obrigações de Buenos Aires com o FMI, que ascendem a mais de 56 mil milhões de dólares, foram contraídas pelo antecessor de Fernández na presidência argentina, o conservador Maurício Macri.




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