Novos protestos na Colômbia contra políticas governamentais
Na Colômbia, o Comité de Greve prepara novas acções de protesto no dia 21, rejeitando as políticas impulsionadas pelo governo e a violência no país. Como continuidade das mobilizações iniciadas com a massiva greve nacional de 21 de Novembro passado, está agora previsto um cacerolazo nas praças do país.
«Decidimos participar com um cacerolazo [panelaço – acção pública que consiste em bater em panelas] em todas as praças centrais dos municípios», anunciou Nelson Alarcón, presidente da Federação Colombiana de Trabalhadores da Educação, uma das organizações que integra o comité.
O presidente da Central Unitária de Trabalhadores, Diógenes Orjuela, revelou que a organização sindical definirá em finais de Janeiro a agenda de marchas deste ano.
No final de 2019, o Comité de Greve previu que a luta e a mobilização massiva e pacífica seriam aprofundadas ao longo deste ano.
O descontentamento social generalizado que se expressou no quadro da greve geral de 21 de Novembro foi extraordinário, realçou o Comité de Greve num comunicado: «Milhões de pessoas de todos os sectores sociais, de distintas maneiras, formas e expressões levantaram a sua voz de protesto e mobilizaram-se contra as políticas do presidente Iván Duque e os partidos que o apoiam, os quais não quiseram ouvir nem resolver as reclamações que ecoam em todos lugares do país».
Pelo contrário, assinala o texto, o movimento social foi reprimido e perseguido por todas as forças do Estado, com actos evidentes de violação dos direitos humanos, provocando «centenas de feridos e detidos e assassinatos pela acção criminosa do denominado Esquadrão Móvel Anti-distúrbios».