«A política energética europeia decide-se na Europa, não nos EUA»

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, rejeitou os contínuos intentos de Washington de obstaculizar a construção do gasoduto Nord Stream 2, através do qual a Rússia planeia enviar gás para a Alemanha.

Maas expressou que Berlim «rejeita por princípios» as sanções extra-territoriais, segundo um comunicado publicado no dia 12 no sítio web do ministério. «A política energética europeia decide-se na Europa, não nos Estados Unidos», disse o ministro, sublinhando que a Alemanha opõe-se a qualquer tipo de ingerência externa.

Na semana passada, legisladores dos EUA aprovaram o orçamento militar para o ano de 2020, que abarca sanções relacionadas com a construção dos gasodutos russos Nord Stream 2 e TurkStream para abastecer a Europa.

O orçamento militar também financia novas iniciativas destinadas a fazer frente à competição económica com Moscovo e ao que Washington considera como ameaças da Rússia e China, autorizando que mais 300 milhões de dólares sejam gastos em apoio militar à Ucrânia, segundo informa o canal Russia Today.

Espera-se que a Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês), como se conhece o documento oficial em que se pormenoriza o orçamento militar estado-unidense, seja aprovado até ao final deste ano.

Anteriormente, o presidente do Comité Económico e Energético do Bundestag, o parlamento alemão, Klaus Ernst, advertiu, em declarações à agência RIA Novosti, que Berlim poderia activar contra-medidas, como o aumento de tarifas aduaneiras ao gás natural liquefeito proveniente dos EUA, se Washington concretizar sanções contra o projecto do gasoduto, em construção.

O Nord Stream 2 permitirá duplicar o fornecimento de gás a partir da Rússia até à Alemanha através do Mar Báltico. O gasoduto corresponde a uma expansão do actual Nord Stream e poderá abastecer de gás 26 milhões de habitações e reduzir consideravelmente o custo das pesadas facturas energéticas dos cidadãos europeus.




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