Patrão da Kyaia condenado na rua

Com fá­bricas de cal­çado em Gui­ma­rães e em Pa­redes de Coura, o Grupo Kyaia, de For­tu­nato Fre­de­rico, pro­vocou forte des­con­ten­ta­mento entre os seus cerca de 600 tra­ba­lha­dores desde que, no início de Ou­tubro, de­ter­minou um au­mento da jor­nada de tra­balho em 20 mi­nutos, im­pondo duas pausas de 10 mi­nutos, que ex­clui do pe­ríodo normal de tra­balho.

A mai­oria dos tra­ba­lha­dores re­cusou-se a cum­prir essa de­cisão: con­ti­nuam a tra­ba­lhar du­rante as «pausas», mesmo quando lhes des­ligam as luzes, e saem à hora normal, con­tra­ri­ando o pro­lon­ga­mento de 20 mi­nutos, como re­latou o Sin­di­cato do Cal­çado, Malas e Afins do Minho e Trás-os-Montes. Tal como, em Ou­tubro, a ad­mi­nis­tração des­contou-lhes esse tempo nos sa­lá­rios de No­vembro, ao que foi de­ci­dido res­ponder com um pro­testo em Pa­redes de Coura, no dia 7, menos de um mês de­pois de outra acção se­me­lhante, em Gui­ma­rães.

Na con­cen­tração junto da Câ­mara Mu­ni­cipal, an­te­ce­dida de um aguer­rido des­file, par­ti­ci­param tra­ba­lha­dores (mu­lheres, na mai­oria) das duas fá­bricas, di­ri­gentes do sin­di­cato e da Fe­sete e o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN.

Uma de­le­gação do PCP, in­te­grando a de­pu­tada Diana Fer­reira e os di­ri­gentes Fi­lipe Vintém (res­pon­sável da di­recção re­gi­onal de Viana do Cas­telo) e João Frazão (membro da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral), re­a­firmou no local a so­li­da­ri­e­dade ac­tiva do Par­tido para com esta luta, va­lo­ri­zando a uni­dade dos tra­ba­lha­dores.

O PCP, que in­ter­pelou o Go­verno na AR sobre este caso, re­alçou que a Kyaia paga sa­lá­rios pouco acima do mí­nimo na­ci­onal e impõe ritmos la­bo­rais in­tensos, para pro­dução de sa­patos de luxo que ga­rantem ele­vados lu­cros.

 



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