PCP assinala a Revolução de Outubro confiante na força transformadora da luta

COMEMORAÇÃO O 102.º aniversário da Revolução de Outubro é assinalado de Norte a Sul do País pelas organizações do PCP, partido fundado sob inspiração da primeiro Estado socialista do mundo.

O PCP assume-se herdeiro e continuador pleno desse património

Até meados deste mês, estão identificadas cerca de uma vintena de iniciativas com o objectivo de festejar a façanha do Partido Bolchevique dirigido por Lénine, que, no maior país do mundo e enfrentando poderosas forças internas e externas interessadas em manter a mais bárbara exploração e opressão dos povos, triunfou sobre a então Rússia Imperial e edificou uma nova sociedade.

No Algarve, por exemplo, a Organização Regional do PCP promoveu no passado fim-de-semana três convívios a propósito de efeméride, em Faro, Vila Real de Santo António e Silves, e outras cinco iniciativas estão em agenda para este fim-de-semana, em Lagos, Albufeira, Olhão, Quarteira e Portimão.

Em nota divulgada a semana passada, a DORAL destaca o «carácter profundamente marcante e universal, que se projecta até aos nossos dias» da Revolução Socialista de Outubro e o facto desta ter erguido «um Estado dirigido por operários e camponeses, rompendo com séculos de feudalismo, avançando com numerosos direitos no plano político e social e com profundas transformações económicas que transformaram um país atrasado sob todos os pontos de vista, num dos mais avançados países do mundo: a URSS».

«Para o PCP, a comemoração do aniversário da Revolução de Outubro constitui uma importante oportunidade para a afirmação dos valores da igualdade, da justiça social, do progresso e da Paz. Para a afirmação do Socialismo, como alternativa, ao velho, injusto, opressor e caduco sistema capitalista, cuja natureza – opressora, exploradora, agressiva - coloca em risco o futuro da própria humanidade», afirma-se ainda no comunicado da DORAL.

No distrito de Braga, no sábado, no âmbito das comemorações 102.º aniversário da Revolução de Outubro, realizaram-se um debate, no Centro de Trabalho de Vizela, que teve como orador Albano Nunes, membro da Comissão Central de Controlo do PCP, e contou com cerca de 30 participantes; e um magusto, no CT de Braga, no qual interveio o membro da Comissão Política (CP) Gonçalo Oliveira.

Segunda-feira, no CT Soeiro Pereira Gomes, sede nacional do PCP, também se realizou um almoço comemorativo que reuniu dezenas de camaradas que trabalham no ou junto do aparelho central do Partido.

A intervenção política esteve a cargo de Ângelo Alves, da CP do PCP, que lembrando que «a situação em Portugal e no Mundo confirmam a importância» de festejar Outubro e «valorizar tudo o que, passados 102 anos, esse grande acontecimento significa e representa para os trabalhadores e os povos», sublinhou que «num tempo em que o revisionismo histórico alimenta o anticomunismo, branqueia e promove o fascismo e tenta ocultar o papel dos comunistas na marcha progressista da História no Século XX, evocar esse grandioso acontecimento e o papel da União Soviética nos avanços civilizacionais é um elemento fundamental do combate ideológico e da luta pelos direitos dos trabalhadores e do povo, em defesa da democracia, da liberdade e da paz e pela superação revolucionária do capitalismo».

O membro dos organismos executivos do PCP realçou, igualmente, que a Revolução de Outubro «não tendo nascido no vazio e incorporando ensinamentos de experiências e acontecimentos revolucionários que a precederam, distinguiu-se destes pelo facto de ter tomado o poder e de ter transformado a estrutura e natureza de classe desse poder, inaugurando a época histórica em que vivemos: a da passagem do capitalismo a uma formação socioeconómica superior - o socialismo», e insistiu que aquela «não foi um mero acto ou momento, foi um processo revolucionário profundamente identificado com os interesses concretos do proletariado e do povo russo, ligando assim, e até aos dias hoje, a luta pela sociedade nova à luta pelos interesses concretos e diários dos trabalhadores e da imensa maioria dos seres humanos».

Partido revolucionário

Recordando as conquistas e progressos impulsionados pela URSS, em diversos domínios, bem como o papel desta na derrota do Nazi-Fascismo, Ângelo Alves salientou também que , «aprendendo com os erros, desvios e deformações verificados, o PCP assume-se orgulhosamente herdeiro, e continuador pleno, desse património, valorizando as imensas conquistas e avanços do Socialismo e os seus impressionantes impactos positivos na marcha histórica da Humanidade. E isso incomoda muita gente!».

Num «tempo em que temos de estar preparados para todos os desenvolvimentos, sejam eles de ainda mais violentas ofensivas e situações que exigem tenaz resistência, sejam de avanços ditados por explosões sociais ou mesmo súbitos desenvolvimentos revolucionários», Ângelo Alves não deixou de chamar a atenção para o facto de ser «fundamental ter sempre presente o rumo e o objectivo da luta revolucionária», entre outros valiosos ensinamentos da Revolução de Outubro.

Designadamente de que «não há nenhum movimento revolucionário que não tenha tido como força dirigente um forte e organizado partido revolucionário, profundamente ligado às massas, preparado para tudo; e de que não existem revoluções distantes ou alheadas dos interesses concretos, diários e mesmo imediatos das massas trabalhadoras e populares».

«Tal como há 102 anos, será pelas mãos dos trabalhadores e do povo, e da sua luta, que a história continuará a ser escrita», concluiu.




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