Viseu contesta monumento que evoca o fascismo
O Núcleo de Viseu-Santa Comba Dão da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) promoveu, anteontem, 12, na cidade de Viseu, um conjunto de iniciativas, de esclarecimento e de denúncia, contra a instalação do «Museu Salazar», com esse ou outro nome, em Santa Comba Dão. Destaque para a recolha de assinaturas, no Rossio de Viseu, do abaixo-assinado, de repúdio e exigência, para que se trave e abandone a criação do Museu Salazar. O documento pode também ser subscrito em https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=naoaomuseusalazar. No Auditório Mirita Casimiro foi apresentado o livro «Forte de Peniche, Memória, Resistência e Luta». A iniciativa contou com as intervenções de António Regala, Jorge Sarabando e António Vilarigues, dirigentes da URAP. Para os resistentes antifascistas, a instalação desse «monumento simbólico de evocação de Salazar e do fascismo» (sejam estátuas, fundações, museus, ou um agora denominado «Centro de Interpretação do Estado Novo») insere-se, objectivamente e independentemente do que pensam ou dizem os seus promotores, «numa campanha de branqueamento do fascismo». «É necessário derrotar esse projecto e evitar que o Vimieiro se transforme num centro de culto, local de romagem e santuário de saudosistas dos ideais fascistas e de Salazar, da sua política de métodos repressivos e de cerceamento das liberdades, de atraso, analfabetismo e obscurantismo, de acumulação de grandes fortunas assentes na exploração, nas privações, na miséria e na opressão do povo português e dos povos das colónias portuguesas», afirma a URAP.