MUSP exige investimento nos serviços públicos

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), numa nota que emitiu sobre o Programa do Governo, sublinha o desacerto existente entre as intenções aí manifestadas relativamente aos serviços públicos e o real estado em que estes se encontram: «o Governo não pode afirmar com seriedade que valoriza o SNS e ter a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta a fechar com falta de médicos; ou elogiar a coesão territorial e aceitar a destruição dos CTT; ao mesmo tempo que diz que na última legislatura o investimento nos transportes públicos quadruplicou (pudera, face aos anos da troika) e manterem-se os problemas de supressões de carreiras e de sobrelotação dos transportes públicos.»

Garantindo que permanecerá atento às «medidas concretas» que forem apresentadas neste domínio, já que o Programa do Governo terá concretização no Orçamento do Estado e noutra legislação, o MUSP reitera as suas reivindicações: alargamento da rede de cuidados de saúde primários e articulação com os cuidados hospitalares, continuados, de reabilitação e paliativos; reabertura das valências encerradas na rede hospitalar e investimento em novas infraestruturas e na modernização e ampliação das existentes; investimento nas frotas, infraestruturas e serviços de manutenção de transportes públicos; urgente admissão para o quadro dos profissionais em falta e valorização do seu trabalho; extinção das PPP e integração das empresas no sector público; regresso à posse pública dos CTT e reabertura das estações encerradas.

São ainda exigências dos utentes a não aplicação de taxas sobre operações efectuadas por Multibanco, ampliação da rede Multibanco; redução das taxas pagas por serviços bancários, a garantia de serviços mínimos para manutenção de conta sem custos para os utentes, reabertura dos balcões da Caixa Geral de Depósitos que foram encerradas, redução do preço pago pelos consumidores domésticos de eletricidade e gás natural e redução do IVA do gás engarrafado e ressarcimento pelo valor do gás não consumido em cada garrafa.




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