PCP solidário com o povo da Bolívia
O PCP expressou, numa nota divulgada no dia 5, a solidariedade com o povo boliviano «perante a violência e desestabilização golpista desencadeada pelas forças reaccionárias», com a intenção de desrespeitar os resultados das eleições de 20 de Outubro, que determinaram a reeleição de Evo Morales como presidente do Estado Plurinacional da Bolívia. O Partido sublinha a necessidade de se respeitar a «vontade popular, democraticamente expressa pelo voto, em conformidade com os resultados eleitorais escrutinados pelo Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia».
O PCP condena ainda as acções fomentadas por «inaceitáveis pressões e ingerências externas» que visam dividir os bolivianos e colocar em causa a legitimidade das eleições, a imparcialidade dos órgãos eleitorais competentes e o normal funcionamento das instituições. E realça que tais intentos nada têm que ver com a pretensa defesa da democracia ou da transparência. Visam, sim, desrespeitar a expressão da vontade popular e derrotar o processo de afirmação soberana, de progresso social e de emancipação em curso na Bolívia, «de acordo com a agenda desestabilizadora estabelecida em Washington pelo imperialismo norte-americano».
O Partido afirma que o Governo português deve expressar o apoio às iniciativas que o presidente e o governo da Bolívia estão a encetar no sentido de defender a democracia, o respeito pela vontade popular expressa nas urnas e a ordem constitucional do país. E reafirma a sua solidariedade com as forças populares, progressistas e revolucionárias da Bolívia, com a luta dos trabalhadores e povo boliviano em defesa do direito a decidir livremente o seu próprio destino, do progresso social, da paz, da cooperação.