Venezuela derrota tentativa dos EUA de a isolar
DESAFIOS O governo bolivariano conseguiu ultrapassar nas últimas semanas importantes desafios políticos e diplomáticos e derrotar os intentos dos Estados Unidos da América de isolar e satanizar a Venezuela.
Discursos belicistas dos EUA e Colômbia tiveram pouco eco na ONU
A campanha internacional #NãoMaisTrump e o acordo entre o governo de Caracas e sectores da oposição visando estabelecer uma Mesa de Diálogo Nacional pela Paz foram dois momentos que marcaram a situação política na Venezuela.
Logo que o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que, entre outras medidas, autorizou o congelamento dos activos do Estado bolivariano no exterior, recrudescendo assim ainda mais o bloqueio contra o país, milhares de venezuelanos saíram às ruas para repudiar essas acções.
De 10 de Agosto a 10 de Setembro, mais de 13 milhões de pessoas assinaram um documento de repúdio contra as agressões e ameaças norte-americanas. O abaixo-assinado foi há dias entregue nas Nações Unidas, como demonstração da posição do povo venezuelano face às medidas coercivas e unilaterais de Washington.
Por outro lado, vários partidos oposicionistas juntaram-se ao diálogo nacional por uma solução política em defesa da soberania e de acordo com a Constituição venezuelana. Enquanto isso, a facção golpista de extrema-direita representada por Juan Guaidó e seguidores está cada vez mais desprestigiada pelas constantes evidências de corrupção, de relações com o narco-paramilitarismo colombiano e de seguidismo face à Casa Branca.
Importante também, na arena internacional falharam os intentos de Washington de isolar a Venezuela e, por ora, fracassou a sua desesperada iniciativa de activar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) para abrir caminho a uma intervenção militar.
Os EUA não conseguiram igualmente converter a 74.ª Assembleia geral das Nações Unidas numa plataforma de apoio à sua política e os discursos belicistas de Donald Trump e do seu homólogo colombiano Iván Duque pouco eco tiveram.