ONU: rejeição do bloqueio e solidariedade com Cuba

SOBERANIA Durante o segmento de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, mais de 40 países rechaçaram o bloqueio dos EUA contra Cuba e expressaram solidariedade com a ilha.

Havana denunciou chantagens e ameaças do governo dos EUA

Quarenta e três estados de diferentes continentes pediram na ONU o levantamento do cerco imposto a Cuba desde há quase 60 anos por Washington, medida que causou prejuízos no valor de quase 923 mil milhões de dólares.

O ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, que encabeçou a delegação do país caribenho à Assembleia Geral das Nações Unidas, destacou em várias intervenções que o bloqueio constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento de Cuba.

Ao intervir no debate geral, denunciou que nos últimos meses os EUA começaram a aplicar medidas criminais, não convencionais, para impedir o abastecimento de combustível à ilha a partir de diversos mercados.

O chefe da diplomacia do governo de Havana denunciou que, nessas acções, Washington recorre à ameaça e à perseguição das companhias que transportam combustível, aos países onde os petroleiros estão registados e às empresas de seguros. Explicou que, «em resultado disso, temos encontrado severas dificuldades para garantir o abastecimento de combustível requerido para a actividade quotidiana do país».

Durante o último ano, pormenorizou, o governo norte-americano incrementou acções de hostilidade e bloqueio: impôs escolhos adicionais ao comércio exterior e aumentou «a perseguição das nossas relações bancário-financeiras com o resto do mundo». Limitou ao extremo as viagens e qualquer intercâmbio entre ambos os povos. Obstaculizou os vínculos e contactos dos cubanos que vivem nos EUA com a sua pátria.

Bruno Rodríguez sublinhou que a ilegal Lei Helms-Burton, de 1996, cujo Título III Washington decidiu activar este ano, guia a conduta agressiva dos EUA contra Cuba.

Criticou a administração de Donald Trump que, a pretexto das suas acções, culpa Cuba do fracasso do seu plano de derrubar pela força o governo venezuelano, ao mesmo tempo que ataca os programas de cooperação médica internacional da ilha.

Revelou que não têm faltado ameaças e chantagens mais descaradas, nem convites imorais para que Cuba atraiçoe os seus princípios e compromissos internacionais a troco de petróleo em condições preferenciais e de duvidosas amizades.

«A agressão económica, por muito dura que seja, as ameaças e chantagens não nos arrancarão nem uma só concessão», assegurou o dirigente cubano, realçando que mesmo nas actuais circunstâncias Havana não renuncia à vontade de estabelecer com os EUA uma relação civilizada, baseada no respeito mútuo e no reconhecimento de profundas diferenças.




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