«Após cada vitória sobre o terrorismo surge uma campanha contra a Síria»
Cada vez que o exército sírio alcança uma vitória na luta contra o terrorismo há campanhas de mentiras sobre essas conquistas, denunciou o representante da Síria nas Nações Unidas, Bashar al-Jaafari. Intervindo na semana passada no Conselho de Segurança (CS), o diplomata sírio criticou a perspectiva distorcida que persiste no órgão da ONU ao abordar a situação naquele país do Médio Oriente.
Membros do CS dizem que Damasco e Moscovo atacam alvos civis mas essas são acusações inaceitáveis, pois as forças sírias e russas só combatem os terroristas, declarou o embaixador. «Ninguém poderá impedir-nos de exercermos o direito soberano de lutar contra o terrorismo», sublinhou.
Devido às acções dessas redes terroristas – denunciou –, dezenas de milhares de pessoas foram mortas nos últimos anos, mas isso é ignorado pelos EUA e seus aliados, assim como por algumas agências da ONU. Agora, as potências ocidentais no CS elaboram um novo roteiro, diferente do proposto pelo enviado especial do secretário-geral da ONU para a Síria, Geir Pederson, o que é uma «falta de respeito pelo seu trabalho».
O caminho mais eficaz para pôr fim ao conflito é a retirada dos estados que patrocinam o terrorismo, defendeu al-Jaafari, que se referiu a cerca de 4300 terroristas europeus que combatem na Síria provenientes de países como Bélgica, França, Alemanha e Reino Unido.
«A presença de terroristas e combatentes estrangeiros é uma grande ameaça em lugares com Idlib», observou o diplomata, que enfatizou que essa região é o maior viveiro de terroristas do mundo. E aproveitou para rejeitar as medidas provocatórias dos EUA e da Turquia, cujas tropas «estão no meu país de forma ilegal».
«Há que pôr fim à presença estrangeira na Síria e levantar as medidas económicas coercivas impostas contra o povo», considera o embaixador sírio. E pediu que se procure alcançar um acordo vantajoso para todas as partes sobre o fim dos combates e o início do processo político e de reconstrução da Síria.