Povo da Venezuela continua campanha #NoMoreTrump

CAMPANHA Na Venezuela, a campanha contra o ilegal bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos EUA continua com a recolha de assinaturas, as mobilizações populares e outras acções de agitação.

Cinco milhões de assinaturas já foram recolhidas contra o bloqueio

Uma bandeira gigante da Venezuela percorre desde sexta-feira, 23, os bairros de Caracas, num protesto pacífico contra o bloqueio económico, financeiro e comercial imposto por Washington contra a Venezuela Bolivariana.

A bandeira mede 225 metros quadrados e foi feita numa pequena oficina de costura de um bairro da capital. Durante um mês percorrerá Caracas, em sinal de protesto contra as sanções económicas impostas pelos EUA à Venezuela.

A iniciativa junta-se às campanhas de canto pela paz #VenezuelaChallenge e de recolha de assinaturas denominada #NoMoreTrump (Não Mais Trump), que já somou cinco milhões de assinaturas na Venezuela, a que se juntam manifestações e solidariedade em todo o mundo.

«Chegámos já aos cinco milhões de assinaturas para dizer No more Trump ao bloqueio brutal. A Venezuela deve levantar a sua bandeira de dignidade e levar a sua verdade ao mundo e dizer basta de bloqueio contra o país, basta de crimes contra a Venezuela», expressou a propósito o presidente Nicolás Maduro.

Desde o dia 10 deste mês, comunas, centros estudantis e os mais diversos sectores da população venezuelana continuam a manifestar-se nas praças Bolívar de todo o país, no quadro da Jornada Mundial de repúdio das sanções norte-americanas. Em resposta ao apelo dos dirigentes bolivarianos, o povo mantém-se nas ruas com bandeiras e cartazes com a consigna #NoMoreTrump.

O documento com a assinatura dos venezuelanos será entregue à Organização das Nações Unidas, dirigido ao seu secretário-geral, António Guterres, a quem é pedido que se pronuncie contra as medidas «punitivas» dos EUA. «A Venezuela tem direito ao futuro, a que respeite a sua autodeterminação, e tem direito a construir os seus próprios modelos económicos e sociais», lê-se no texto que encabeça o abaixo-assinado.

A jornada culminará a 10 de Setembro, data em que se juntarão movimentos sociais e políticos de vários países, em solidariedade com a Venezuela Bolivariana, o seu povo e os seus dirigentes.

O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, foi um dos cidadãos que assinou o documento que rejeita o bloqueio imposto pela administração Trump ao país. «Estamos a realizar esta acção patriótica que significa defender a nossa soberania, património e riquezas» face às agressões ordenadas pela Casa Branca, salientou o magistrado.




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