Pequim adverte líderes de Taiwan sobre interferência em Hong Kong
O governo da China exigiu às autoridades de Taiwan que se abstenham de interferir na crise em Hong Kong devido aos protestos violentos nessa região do sul do país.
Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho do Estado da República Popular da China, instou os líderes do Partido Democrático Progressista (DPP) de Taiwan a deixar de interferir nos assuntos da Região Administrativa Especial de Hong Kong (Raehk).
O governo de Taiwan assegurou recentemente que apoia as manifestações violentas na Raehk e anunciou a disposição de oferecer asilo aos chefes dos protestos.
Ma disse que essa oferta «encobriria os crimes de um pequeno grupo de indivíduos violentos» e dar-lhes-ia alento «para causar prejuízos em Hong Kong e converter Taiwan num refúgio para delinquentes». O porta-voz exigiu aos líderes do DPP que «deixem de minar o Estado de Direito» em Hong Kong.
A comunidade mundial aprovou em 1971, na ONU, uma resolução que considera a República Popular da China o único representante legítimo perante as Nações Unidas e reconhece a ilha de Taiwan como parte inalienável do país asiático.
Para avançar até à completa reunificação do território nacional chinês, Pequim defende a política de «Um país, dois sistemas» aplicado às regiões administrativas de Hong Kong e Macau.