Venezuela e Rússia reforçam relações bilaterais de cooperação

A vice-presidente executiva da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, deslocou-se nesta semana à Rússia, à frente de uma delegação, com o objectivo de fortalecer «as relações de fraternidade e cooperação» entre os dois países.

Durante a sua permanência em Moscovo, a dirigente venezuelana deu seguimento a acordos estabelecidos entre o Palácio de Miraflores e o Kremlin em diversas «áreas estratégicas» para os dois países.

Uma nota do gabinete da vice-presidente, em Caracas, informou que a visita é parte dos esforços do governo bolivariano para estreitar laços com países amigos interessados em apoiar o desenvolvimento social e económico da Venezuela.

A delegação encabeçada por Delcy Rodríguez integrou o ministro da Economia e Finanças, Simón Zerpa, o vice-ministro para a Europa, Yvan Gil, e a vice-presidente do Banco Central de Venezuela, Sohail Hernández.

Na semana passada, em Moscovo, os ministros da Defesa da Rússia e da Venezuela, Serguéi Shoigú e Vladimir Padrino López, respectivamente, subscreveram novos acordos para avançar com a «troca de conhecimentos» entre ambos os países.

Através da conta de Twitter da Força Armada Nacional Bolivariana, López revelou que a cooperação entre a Venezuela e a Rússia «avança a passos de gigante».

Do seu lado, o ministro russo ratificou o apoio do seu governo à Venezuela, face às acções de ingerência e coercivas dos EUA para desestabilizar o país. «Apoiamos os esforços dos líderes [da Venezuela] para aplicar uma política exterior independente e responder aos intentos dos EUA de mudar o governo legitimamente eleito», enfatizou Shoigú.

Mercenários na Guiana

Um plano para treinar falsos refugiados venezuelanos numa base militar britânica na Guiana foi dado a conhecer em Moscovo, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

Para a Guiana, que faz fronteira com a Venezuela, foram levadas já dezenas de alegados refugiados venezuelanos, advertiu a porta-voz María Zakhárova, esclarecendo que é gente que vai receber treino e integrar grupos de «sabotagem e espionagem». Assegurou que os britânicos estão a terminar a construção de uma base militar numa das ilhas da desembocadura do rio Esequibo, presumivelmente com o pretexto de combater o contrabando de armas e drogas.

Zakhárova alertou que o objectivo final é colocar essas forças mercenárias em território venezuelano para desestabilizar a situação no país e perpetrar actos terroristas.




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