Apresentada no Jardim da Liberdade, em Santarém, a lista – composta por sete homens e sete mulheres, com uma média etária de 49 anos – é constituída por pessoas profundamente ligados à vida e à realidade dos trabalhadores e das populações do distrito de Santarém. Nela se encontram candidatos que assumem diversas responsabilidades no plano sindical, associativo, autárquico, entre outros, aliando a experiência ao necessário rejuvenescimento, sendo que oito dos 14 candidatos têm hoje menos de 50 anos.

Dando corpo à expressão unitária da Coligação, integram a lista membros e dirigentes do PCP, do PEV e da Associação Intervenção Democrática (ID), bem como sem filiação partidária, que assumem o projecto e propostas da CDU como suas, tendo em vista a defesa intransigente dos trabalhadores e do povo do distrito.

Para além de António Filipe (56 anos, jurista e professor), são candidatos: João Luiz Madeira Lopes (76 anos, advogado), Júlia Amorim (56 anos, professora), Ivo Santos (46 anos, operador principal de posto de portagem), Sónia Colaço (41 anos, bióloga), João Pedro Arraiolos (48 anos, professor), Inês Santos (33 anos, salsicheira nas Carnes Nobre), Cristina Tomé (53 anos, assistente técnica), Hélio Justino (48 anos, advogado), Anabela Mota (54 anos, professora), Vítor Pires (55 anos, assistente administrativo), André Gomes (28 anos, médico), Gisela Matias (42 anos, auxiliar de acção médica) e Ana Paula Cruz (50 anos, operadora de supermercado).

O mandatário da lista é Paulo Macedo, 58 anos, professor e director do Agrupamento de escolas «Os Templários» em Tomar.

Derrotar a política de direita
Na intervenção que encerrou a sessão, António Filipe frisou que os candidatos da CDU «assumem o compromisso» de «lutar na Assembleia da República, como em todo o lado, para derrotar as políticas de direita» e «afirmar a necessidade de soluções para Portugal, que travem o longo ciclo de declínio e empobrecimento em que os governos do PS, do PSD e do CDS mergulharam o nosso País».

Destacou, de seguida, «exemplos (na actual legislatura) da diferença que faz a eleição de deputados da CDU», como a reposição do direito dos ferroviários ao transporte gratuito. Também por iniciativa do PCP, foram aprovadas resoluções sobre a reabertura das valências que haviam sido encerradas no Centro Hospitalar do Médio Tejo; a melhoria dos cuidados de saúde na Lezíria do Tejo, concretamente sobre as obras do bloco operatório do Hospital de Santarém; a defesa da bacia do Tejo, contra a poluição do Almonda; a construção do IC3 e a melhoria das condições de travessia do Tejo entre a Chamusca e o Golegã.

Aprovado foi, também, o início do procedimento para a classificação patrimonial das salinas e da mina do Espadanal, em Rio Maior, e a construção de uma residência para estudantes na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.

A terminar, António Filipe apelou ao voto na CDU. «Os portugueses não podem desperdiçar votos em projectos inconsequentes. O País, os trabalhadores, o povo, têm problemas muito sérios para resolver e há uma força política, a CDU, que faz toda a diferença», afirmou, salientando: «A força que a CDU tiver nas próximas eleições, será a força do povo para conquistar novos avanços e impedir que o que se conseguiu nesta legislatura possa andar para trás».

Na próxima segunda-feira, 12, a CDU vai entregar no Tribunal de Santarém a lista de candidatos à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Santarém. O compromisso eleitoral da CDU para o distrito de Santarém – com as principais linhas, medidas e propostas que nortearão a acção dos seus eleitos – será apresentado no dia 23 de Agosto.