Chipre e Polónia
Assinalou-se no passado dia 15 de Julho o 45.º aniversário da ocupação de Chipre pela Turquia. Na mensagem de solidariedade enviada ao AKEL, o PCP denuncia a «activa cumplicidade da NATO» na ocupação, relembrando as centenas de vítimas cipriotas – muitas das quais militantes comunistas que deram a vida em defesa do povo cipriota e da sua pátria – e que este acto ilegal transformou Chipre numa das zonas mais militarizadas do mundo.
Nessa mensagem, o Partido reafirma a solidariedade de sempre dos comunistas portugueses ao AKEL, aos trabalhadores e ao povo cipriota, e à sua firme e incansável luta pela reunificação da sua pátria, pelo fim da colonização turca de parte de Chipre e pela plena soberania sobre a integridade do território cipriota.
O PCP enviou também uma saudação ao Partido Comunista da Polónia, por ocasião da realização do seu 5.º Congresso. Nela o Partido considera que na actual situação internacional, que tem como pano de fundo o agravamento da dinâmica da crise estrutural do capitalismo e onde tem lugar um profundo processo de rearrumação de forças, se aprofundam as contradições entre as grandes potências imperialistas. Estas, ao mesmo tempo, promovem uma violenta ofensiva contra os direitos dos trabalhadores e a soberania dos povos, incluindo com o recrudescimento de tendências reacionárias e antidemocráticas, quando não abertamente pró-fascistas – de que a campanha anticomunista na Polónia, com a cumplicidade da UE, é exemplo.
Além de considerar a luta pelos direitos dos trabalhadores, pelos direitos e soberania dos povos, contra o militarismo e a guerra, como grandes desafios e responsabilidades colocados aos comunistas e a outras forças progressistas, o PCP aponta o papel dos comunistas na organização da luta da classe operária e de todos os trabalhadores em face da ofensiva exploradora e antidemocrática, no fortalecimento da frente anti-imperialista, na luta pela paz, tendo sempre em vista o seu projeto revolucionário e o objetivo do socialismo.