Avançar pelo desenvolvimento do Alto Alentejo

PORTALEGRE Manuela Cunha, cabeça-de-lista da CDU pelo distrito, apelou à participação de todos numa campanha eleitoral de contacto directo, esclarecimento e mobilização.

As questões pelas quais lutámos foram muitas

O apelo foi feito na passada quinta-feira, 4, na Praça da República, em Portalegre. Ali juntaram-se, ao final da tarde, várias dezenas de pessoas, activistas e amigos da CDU. Coube a Marina Costa, do Executivo da Direcção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP, chamar para junto de si, primeiro, Diogo Júlio Serra, mandatário distrital da Coligação que junta comunistas e ecologistas. No «palco» estiveram também, para além da primeira candidata, Rogério Silva, responsável pela DORPOR e do Comité Central (CC) do PCP, Mariana Silva e o deputado José Luís Ferreira, ambos da Comissão Executiva Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), e João Dias Coelho, da Comissão Política do CC do PCP.

Na primeira intervenção, Diogo Júlio Serra manifestou «orgulho» e «honra» pelo convite que lhe foi endereçado pela CDU para «continuar a intervir» para «concretizar o sonho» de «podermos viver e trabalhar no território onde nascemos ou que elegemos para viver», mas também para construir «o País que sonhámos e queremos: livre, democrático, soberano e justo».

Manuela Cunha, também do Conselho Nacional e da Comissão Executiva do PEV, volta a encabeçar a lista da CDU pelo círculo eleitoral de Portalegre. Apesar de há quatro anos não ter sido eleito nenhum deputado da Coligação PCP-PEV naquele distrito, «as questões pelas quais lutámos foram muitas e contribuíram inegavelmente para a resolução de problemas existentes», recordou a candidata, destacando, entre muitos outros exemplos, a «reposição do transporte diário de passageiros na linha (ferroviária ) do Este» e a «luta para travar o olival intensivo e super intensivo no distrito», impedindo que «os solos do Alentejo venham a ser empobrecidos e contaminados por esta praga», que «a saúde das populações seja ameaçada» e que «as águas das barragens sirvam para produzir alimentos que nos fazem falta».

Manuela Cunha apelou ainda ao voto na CDU para que «haja mais e melhores horários para a linha do Leste», o «salário mínimo nacional aumente para os 850 euros», «sejam contratados mais enfermeiros e médicos», a «cultura possa ter um orçamento digno, no mínimo de 1%», a «escola de Santa Luzia, em Elvas, seja finalmente construída», «Avis volte a ter estação dos Correios» e «garantir que a água se mantenha pública», enumerou, entre outras medidas avançadas.

Quase a terminar, sublinhou que votar na Coligação PCP-PEV não é só «reforçar a voz do distrito», mas também «reforçar» o Grupo Parlamentar «Os Verdes», uma «voz ecologista com provadas dadas, cada vez mais útil ao País num período no qual os desafios ambientais nos colocam numa situação de emergência, não só face ao futuro, mas sim perante o presente».

Trabalhar pelo distrito

Mariana Silva destacou, depois, as qualidades de Manuela Cunha, uma candidata «empenhada», «criativa», «perseverante» e «apaixonada pelas lutas que abraça». Nos últimos quatro anos, «Os Verdes» fizeram «muito pelo distrito», «mais que os deputados eleitos» (do PS e do PSD), que poucos «sabem quem são» e «o que fizeram», apontou Mariana Silva, adiantando: «É isso que está em apreciação» nas legislativas de 6 de Outubro.

«O País precisa de continuar a avançar na protecção da natureza e da biodiversidade, na despoluição dos rios, na reversão da privatização dos CTT e devolução dos seus balcões à população, na restituição das freguesias e travar o processo dito de descentralização que apenas serve e servirá para desresponsabilizar o Governo das suas obrigações e para isolar mais as regiões do interior», continuou a dirigente.

Mariana Silva assinalou, também, que o PEV «não chegou hoje à luta contra as alterações climáticas e pela mitigação dos seus efeitos, agora que alguns interesses decidiram dar-lhe visibilidade». «Já cá estávamos quando se falava do aquecimento global, estamos cá há décadas a falar e alertar para as alterações climáticas, nos órgãos de poder nacional e local», precisou.

Por último interveio João Dias Coelho. «Vamos para esta batalha (eleitoral) com confiança e determinação», de quem «está de cara levantada» e «sabe que cumpriu», frisou, manifestando a necessidade de «prosseguir a luta por melhores condições de vida, por um distrito harmonioso, capaz, desenvolvido, onde seja bom viver e trabalhar».

«O distrito, a região, o País precisam» de outras «soluções», que só a CDU está em condições de concretizar, assegurou. Como exemplo, o dirigente comunista falou dos problemas demográficos, das taxas de natalidade «negativas» e da emigração. A saída de jovens põe em causa «o futuro colectivo» da região, alertou, apelando: «É preciso avançar» e «não andar para trás», como pretendem PS, PSD e CDS.




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