Sobre as contas do PCP de 2018

FUNDOS O PCP entregou no Tribunal Constitucional as contas referentes a 2018, nos termos da legislação em vigor. Com as contas consolidadas, foram entregues, como anexos, as contas dos grupos parlamentares da Assembleia da República e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

O reforço da independência financeira do Partido é uma prioridade

Tal como é possível observar, por todos os que vencendo preconceitos, olhem para as contas apresentadas, o financiamento do PCP assenta, no essencial, nas receitas próprias (quotas, contribuições de filiados e eleitos, donativos e iniciativas de angariação de fundos, entre outras), resultantes da sua actividade, da sua iniciativa e funcionamento da organização fruto da dedicação dos seus militantes e apoiantes, constituindo 87,31% do total das receitas cujo valor global foi de 9.761.587,47 euros. A receita proveniente das subvenções estatais corresponde apenas a 12,69 %.

No que respeita às despesas, o valor global foi de 10.586.776,54 euros. O resultado líquido global foi de 825.189,07 euros negativos.

As contas de 2018, bem como a situação financeira do Partido, reflectem o resultado de uma rigorosa gestão dos seus recursos próprios, bem como de um esforço permanente para a recolha e angariação de fundos para dar resposta às condições em que o Partido intervém, tão mais exigentes quanto o silenciamento e as campanhas de difamação e mentira a que está sujeito, e manter uma intensa e destacada intervenção junto dos trabalhadores e das populações e em todas as esferas da vida nacional.

O resultado negativo apresentado não está desligado das importantes batalhas em que o Partido foi chamado a intervir, bem como de importantes despesas acrescidas com investimentos realizados no alargamento da Festa do Avante! para uma festa maior e melhor.

Resultado negativo que, suportado com o recurso a receitas extraordinárias, não é possível manter e que impõe um acréscimo de esforço no aumento das receitas do Partido.

Aqueles que procurando animar campanhas contra o Partido, em torno da sua situação financeira ou do seu património, inseparável do objectivo geral de procurar enfraquecer o PCP e criar dificuldades ao alargamento do apoio ao PCP e, em particular, à sua expressão com a contribuição financeira, esquecem que os meios próprios do Partido, nomeadamente o seu património, assegurados ao longo de décadas na base de uma vasta participação e iniciativa dos seus militantes e amigos, constituem um instrumento indispensável à sua iniciativa ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País e uma componente indissociável da sua identidade e da sua independência política e ideológica.

O reforço da independência financeira é uma prioridade de trabalho de todas as organizações e militantes, no quadro do reforço geral da organização do Partido, tendo como objectivo o crescimento das receitas, em particular das quotizações, e a devida contenção de despesas que não afectem o desenvolvimento da actividade partidária.

O PCP, com a autoridade de quem defende elevadas exigências na prestação de contas e rigor no financiamento dos partidos e que combate os mecanismos de ingerência na sua vida interna prosseguirá com determinação, sem qualquer dependência do Estado e dos grupos económicos e financeiros, o alargamento da sua capacidade financeira assente nos próprios meios indispensáveis ao desenvolvimento da sua iniciativa e intervenção, em defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País.




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