MDM exige que Novo Banco liberte fundos venezuelanos

O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) endereçou ontem ao Governo português e ao Novo Banco uma Carta Aberta onde exige que sejam desbloqueados os fundos da República Bolivariana da Venezuela ilegalmente retidos naquela instituição bancária. De um total de 5400 milhões de dólares bloqueados em diversos bancos, o Novo Banco detém 1500 milhões.

Na missiva, o MDM recorda que o bloqueio económico e financeiro imposto pelos EUA «impediu o Estado venezuelano de garantir o fornecimento contínuo» de diversos medicamentos e tratamentos, como vacinas ou produtos de diálise. «Em várias ocasiões, por pressão dos EUA, instituições bancárias inviabilizaram as transferências solicitadas por Petróleos da Venezuela SA e outras instituições venezuelanas para o tratamento de doentes com leucemia, no valor de 4.851,278 euros», denuncia. O mesmo sucedeu com os 300 milhões de euros destinados à compra de alimentos nos anos 2017 e 2018.

O bloqueio de que a Venezuela é alvo tem afectado ainda o cumprimento de acordos internacionais, como o Convénio de Colaboração entre a Associação para o Transplante de Medula Óssea e a empresa petrolífera estatal venezuelana, «no âmbito da qual se encontram 25 crianças em Itália à espera de transplante», acrescenta ainda o MDM, realçando que neste caso o pagamento foi retido pelo Novo Banco.

A carta do MDM termina com a manifestação de «desencanto e indignação» com a posição seguidista do Governo português e a determinação em prosseguir a acção até que o Novo Banco desbloqueie os «milhões de dólares que não são seus», que tanta falta fazem para salvar a vida de cidadãos venezuelanos, «crianças e idosos, grávidas e doentes agudos».




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