MUSP apresenta reivindicações imediatas
Anteontem, 14, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) entregou na residência oficial do primeiro-ministro e na Assembleia da República uma «Carta reivindicativa imediata».
O documento, aprovado pela Direcção Nacional do MUSP, apresenta as reivindicações mais urgentes dos utentes de serviços públicos, nomeadamente nas áreas da saúde, mobilidade e comunicações.
A concretizarem-se, acentua este movimento que agrega associações e comissões de todo o País, «estas reivindicações implicam um enorme salto na qualidade de vida dos utentes, dos trabalhadores e da população portuguesa em geral».
«Os serviços públicos têm-se caracterizado por encerramentos, cortes na oferta e degradação dos serviços, como a que se verifica no serviço postal, onde, desde 2009 até hoje, encerraram 356 estações e postos de correio, 107 centros de distribuição postal. Mais de 35 concelhos não têm qualquer estação ou posto de correio», alertam os utentes.
Na saúde, o MUSP dá conta de «dezenas de valências hospitalares encerradas pelo País» e da falta de «centros de saúde, médicos, enfermeiros e outros profissionais em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde». Nos transportes a situação não é melhor face aos «enormes cortes na oferta verificados em todos os modos de transporte e na enorme degradação do material circulante».
As críticas estendem-se ao serviço público eléctrico «com o elevado preço que os utentes pagam pela electricidade», para além de que «com a privatização reduziu-se o investimento na rede e aumentou-se o preço de todos os serviços que a empresa presta aos utentes e ainda o tempo permitido à empresa para repor a electricidade após avaria».