CDU quer concretizar a mudança em Castro Marim
INTERCALARES «É tempo de perder o medo, de lutar pelo que entendemos ser de todos», afirmou Nuno Osório, primeiro candidato da CDU às eleições intercalares para a Câmara Municipal (CM) de Castro Marim.
«Pensem bem. Vão voltar a votar nos mesmos?»
Numa tribuna pública realizada no dia 13 de Abril, o candidato começou por lembrar que as eleições que se vão realizar a 2 de Junho surgem pela decisão de renúncia ao mandato por parte dos eleitos da coligação PSD/CDS «Castro Marim + Humano», que, conjuntamente com o PS e o CM1, «não conseguem chegar a acordo para decidir os destinos dos interesses do concelho».
«Estamos a falar de 3704 votos (1455 no Castro Marim + Humano; 1423 no PS; 826 no CM1) repartidos entre as três forças que não estão a ser respeitados», acusou Nuno Osório, alertando: «Pensem bem. Vão voltar a votar nos mesmos?».
Para o candidato, a actual situação «confirma a total incapacidade» daqueles partidos e movimentos «para dirigirem os destinos da autarquia», tendo criado «uma situação de paralisia interna e de jogada exterior de obra a desenvolver».
Propostas concretas
De olhos postos no futuro próximo do concelho, Nuno Osório salientou que a candidatura da CDU baseia-se no «reflexo positivo de acções e decisões tomadas anteriormente em defesa dos interesses e dos anseios das gentes do concelho de Castro Marim», mas também no «contacto com as várias freguesias, com o mundo associativo, os trabalhadores, na defesa do património, da cultura e da economia local».
«Não andamos a saltar de partido em partido, de movimento em movimento, como muitos o têm feito neste concelho. Não negamos que ansiamos uma boa gestão da causa pública e com isso estamos a fazer política», afirmou o candidato.
Entre outras propostas, a CDU defende a criação de um pólo industrial, bem como a construção de habitação a custos controlados para os residentes e com cotas de casas disponíveis para trabalhadores da função pública destacados no concelho.
A tribuna pública contou com a presença de Vasco Cardoso, da Comissão Política do Comité Central do PCP.