O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, relembrou na sexta-feira, 19, a vitória de Cuba em Playa Girón, há 58 anos, quando o povo mobilizado em defesa da Revolução, sob a direcção de Fidel Castro, derrotou um ataque de mercenários organizado pelos EUA.

«A vitória que os Estados Unidos não perdoam. John Bolton [conselheiro de segurança do presidente Trump] reuniu-se com os derrotados em Miami para recordar a desonra eterna desses mercenários. Faremos de cada dia do calendário um Girón para sempre. Bolton será um eterno perdedor. Cuba vencerá!», escreveu o presidente cubano na sua conta do Twitter, em resposta às novas medidas anunciadas pela Casa Branca para agravar o bloqueio económico contra a ilha.

Na semana passada, a administração norte-americana de Donald Trump reforçou o cerco imposto há quase 60 anos a Cuba com a activação do título III da Lei Helms-Burton, que visa limitar e desencorajar os investimentos estrangeiros e aposta na asfixia económica como instrumento para derrubar o governo. Além disso, Washington aumentará as restrições às viagens para Cuba e limitará as remessas que enviam aos seus familiares os residentes cubanos nos EUA.

Noutra mensagem, Díaz-Canel afirmou que Cuba e Venezuela alcançarão novas vitórias frente aos EUA e reiterou o apoio do povo cubano à soberania da nação sul-americana.

O presidente de Cuba respondia à mensagem de felicitações enviada pelo seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, de felicitações pelo aniversário da vitória de Playa Girón, em Abril de 1961, mensagem em que sublinhou que «menos de 72 horas bastaram para demonstrar ao mundo o que é capaz de fazer um povo livre em defesa da sua soberania».