Armas vendidas pela França utilizadas pelos sauditas no Iémen

Um relatório dos serviços secretos franceses revela que armamento vendido pela França à Arábia Saudita e aos Emiratos Árabes Unidos é utilizado no Iémen pela coligação liderada pelos sauditas com o apoio dos EUA e de outros países ocidentais.

Divulgado em Paris por diversos meios de informação, na segunda-feira, 15, o documento, datado de 25 de Setembro de 2018, inclui a lista das armas fornecidas pela França. O inventário refere tanques Leclerc, obuses, caças Mirage 2000-9, radares Cobra, blindados Aravis, helicópteros Cougar e Dauphin, fragatas Makkah, uma corveta lança-mísseis Bayunnah e canhões Caesar.

A imprensa francesa indica que apesar de conhecer os riscos de que essas armas sejam utilizadas contra a população civil iemenita, o governo de Paris continua a vendê-las à Arábia Saudita. Há, por exemplo, 147 canhões que serão entregues até 2023.

O relatório foi apresentado, a 3 de Outubro do ano passado no Conselho de Defesa, encabeçado pelo presidente Emmanuel Macron.

Após a divulgação do relatório, a única reacção oficial foi a da Comissão Interministerial para a Exportação de Material de Guerra, junto do gabinete do primeiro-ministro Edouard Philippe.

De acordo com essa entidade, as armas francesas vendidas aos países membros da coligação encabeçada pela Arábia Saudita encontram-se principalmente em posições defensivas, mas não na linha da frente. «Não temos conhecimento de vítimas civis que resultem da sua utilização no teatro iemenita», declarou, com hipocrisia, a comissão interministerial francesa encarregada dos negócios de armas.

 



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