O PCP re­cebeu no dia 4, na sua sede, uma de­le­gação do Mo­vi­mento De­mo­crá­tico de Mu­lheres (MDM). Em de­cla­ra­ções à co­mu­ni­cação so­cial após o en­contro, Je­ró­nimo de Sousa des­tacou as «pro­fundas dis­cri­mi­na­ções que con­ti­nuam a existir em re­lação às mu­lheres, no tra­balho, na fa­mília e na vida», ga­ran­tindo que «a igual­dade na vida não está a ser cum­prida». Após ga­rantir que «isto não se re­solve por de­creto», antes re­quer uma evo­lução das men­ta­li­dades, o Se­cre­tário-geral do Par­tido pôs a tó­nica nas ques­tões ma­te­riais, que con­si­derou de­ci­sivas para con­cre­tizar a igual­dade.

Ques­ti­o­nado acerca da po­lé­mica en­vol­vendo o juiz Neto de Moura, o di­ri­gente co­mu­nista dis­tan­ciou-se das suas «de­ci­sões ou con­cep­ções mais do que po­lé­micas». Con­tudo, su­bli­nhou, cen­trar o grave pro­blema da vi­o­lência do­més­tica «apenas num caso, numa pessoa, num juiz», não res­ponde de modo ne­nhum «àquilo que as mu­lheres as­piram e rei­vin­dicam».

Da de­le­gação do PCP fa­ziam ainda parte Ma­nuela Pinto Ângelo, do Se­cre­ta­riado, e Fer­nanda Ma­teus, da Co­missão Po­lí­tica. Da parte do MDM es­ti­veram Re­gina Mar­ques, Sandra Ben­fica, Isabel Cruz, Ana Souto, Rosa Peças e Tânia Ma­teus.