Solidariedade com a Venezuela Bolivariana nos 60 anos da Revolução Cubana
Mais de 130 pessoas comemoraram, no passado dia 26, na Casa do Alentejo, em Lisboa, o 60.º aniversário do triunfo da Revolução Cubana. A iniciativa, promovida pela Associação de Amizade Portugal-Cuba (AAPC), contou com a intervenção dos embaixadores de Cuba, Mercedes Martinez, e da Venezuela, Lucas Rincón Romero, em Portugal.
Nesta acção – marcada por um momento cultural protagonizado pelo grupo El Sur e por uma exposição – o PCP fez-se representar por uma delegação de vários membros dos Organismos Executivos do Comité Central.
Horas depois de a União Europeia e o Governo português terem feito um ultimato à soberania da Venezuela e ao seu povo (ver página 25), Lucas Rincón Romero deu a conhecer os elementos centrais da tentativa de golpe de Estado levada a cabo pela extrema-direita venezuelana e apoiada pelo imperialismo norte-americano. Nesse sentido, referiu o conteúdo ilegal, anti-constitucional e chocante, à luz do direito internacional, da auto-proclamação como presidente da República de um cidadão venezuelano, deputado envolvido em acções violentas de desestabilização e de violação da legalidade e da Constituição venezuelanas.
O embaixador destacou, de seguida, a confiança no processo Bolivariano que avança com o apoio popular ao presidente Nicolas Maduro, a União Cívico Militar e a solidariedade de muitos Estados, como Cuba. Saudada foi, por isso, a notícia de que o Conselho de Segurança da ONU tinha rejeitado a proposta de resolução apresentada pelos EUA que visava dar cobertura à tentativa de golpe de Estado em curso.
Bloqueio criminoso
Por seu lado, Mercedes Martinez sublinhou a capacidade de resistência, unidade e renovação da Revolução Cubana e destacou os avanços conseguidos após o seu triunfo, em Janeiro de 1959. Alertou ainda para o aprofundamento do criminoso bloqueio dos EUA a Cuba e manifestou confiança nos resultados económicos, modestos mas positivos, do último ano naquele país. Valorizado foi, igualmente, o processo com vista à aprovação da Constituição da República de Cuba.
No final, Augusto Fidalgo, presidente da AAPC, salientou a importância da solidariedade com Cuba e com a Venezuela Bolivariana para fazer frente às ameaças imperialistas contra os povos da América Latina.