Natal em luta na distribuição
Milhares de trabalhadores de empresas da grande distribuição comercial (supermercados, hipermercados, logísticas, lojas e armazéns especializados) fizeram greve a 24 de Dezembro e nos dias anteriores, com adesão «muito significativa», como afirmou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços, que nesse dia promoveu uma conferência de imprensa à porta da sede da associação patronal APED, em Lisboa. Esta continua a propor 3,21 euros para a maioria dos trabalhadores e insiste no «banco» de horas.
O CESP/CGTP-IN registou o encerramento de estabelecimentos do Minipreço em Lisboa (Graça, Sapadores e Avenida General Roçadas) e Braga (Esposende e Fujacal) e «grandes adesões» nas lojas Pingo Doce, em todo o País; no Continente (lojas de Frossos e Lamaçães, no concelho de Braga); nos entrepostos do LIDL em Ribeirão (Braga, foto na primeira página), em Torres Novas e Marateca (Palmela), e nas lojas do LIDL em Fafe, Vila Real de Santo António e Parchal (Lagoa).
No dia 21, a greve no armazém do DIA (Minipreço) em Torres Novas teve 60 por cento de adesão. No dia 22, perante a grande adesão à greve, chefias foram trabalhar nas cozinhas do Pingo Doce, em Odivelas. No dia 23, teve grande adesão a greve no Jumbo de Castelo Branco.
Nos dias 22 e 23, o CESP registou grande adesão à greve nas lojas e entrepostos do LIDL, acusando a empresa de recusar qualquer negociação e contratar apenas a tempo parcial, o que faz com que muitos trabalhadores acabem por receber salários inferiores ao mínimo nacional.