Grande promoção e escassa participação

«In­de­pen­den­te­mente dos pro­mo­tores, da dis­si­mu­lação de ob­jec­tivos re­ac­ci­o­ná­rios, de ele­mentos de­ma­go­gi­ca­mente in­vo­cados», re­gista-se «um enorme con­traste entre uma pro­moção me­diá­tica ar­ti­fi­cial com uma di­mensão ra­ra­mente vista e a es­cassa par­ti­ci­pação ve­ri­fi­cada (apenas al­gumas cen­tenas de pes­soas no con­junto do País)», co­mentou o PCP, a pro­pó­sito da acção de dia 21, re­fe­ren­ciada como «co­letes ama­relos» e que vi­saria «parar Por­tugal».

«Isto traduz um claro dis­tan­ci­a­mento e re­jeição pelos tra­ba­lha­dores e o povo por­tu­guês desta acção e das suas in­ten­ções obs­curas», afirma-se na nota di­vul­gada nessa sexta-feira pelo Ga­bi­nete de Im­prensa do Par­tido, por so­li­ci­tação de vá­rios ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial.

O PCP su­blinha que «foi a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês que per­mitiu in­ter­romper o pro­cesso de agra­va­mento da ex­plo­ração, em­po­bre­ci­mento e afun­da­mento do País e as­se­gurar a de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos». Esta é «uma luta que pros­segue de forma ampla, co­e­rente e de­ter­mi­nada» e «é de­ci­siva para va­lo­rizar o tra­balho e os tra­ba­lha­dores, al­cançar mais sa­lá­rios e pen­sões, ho­rá­rios dignos, em­prego com di­reitos, me­lhores con­di­ções de tra­balho, re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral, para de­fender os ser­viços pú­blicos, taxar o grande ca­pital e com­bater a cor­rupção, para con­cre­tizar uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, com os va­lores de Abril, para um Por­tugal de­sen­vol­vido e so­be­rano».

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Trabalhadores em luta por um presente com futuro

MO­BI­LIZAÇÃO Mi­lhares de tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica e de em­presas pri­vadas estão no Natal e Ano Novo em greve e ou­tros pro­testos. Melhores sa­lá­rios e di­reitos não são dados de pre­sente.

Greves na Petrogal

Em defesa da contratação colectiva, de direitos e de melhores salários, os trabalhadores da Petrogal fizeram greve entre as zero horas de dia 17 e as 6 horas de dia 24, com muito forte adesão, especialmente notada nas refinarias de Sines e do Porto (Matosinhos). Dirigentes dos sindicatos da...

Natal em luta na distribuição

Milhares de trabalhadores de empresas da grande distribuição comercial (supermercados, hipermercados, logísticas, lojas e armazéns especializados) fizeram greve a 24 de Dezembro e nos dias anteriores, com adesão «muito significativa», como afirmou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,...

Greve de 13 dias na SCML

Iniciada no dia 15, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas uma greve de 13 dias do pessoal do núcleo de logística do departamento de jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Das reivindicações, o sindicato da...

SEP exige negociação séria

Para que a CNESE (comissão negociadora sindical constituída pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira) participe na próxima ronda de negociação com o Ministério da Saúde, há «condições imprescindíveis» que dependem de decisão do Governo. Numa nota divulgada...

Por AE e salários no HCVP

Sem aumentos salariais há quase dez anos e com o Acordo de Empresa sob um segundo pedido patronal de caducidade (suscitado pela actual ministra da Saúde, em Agosto de 2018, quando esteve na presidência da administração), os trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa fizeram greve,...

E ainda...

Para 24 de Dezembro foi convocada greve nos super e hipermercados e demais empresas da grande distribuição, sector onde em Dezembro ocorreram outras lutas. Para 24 e 31 de Dezembro foram marcadas greves nos call-centers de empresas de telecomunicações e da Randstad.