Grande promoção e escassa participação
«Independentemente dos promotores, da dissimulação de objectivos reaccionários, de elementos demagogicamente invocados», regista-se «um enorme contraste entre uma promoção mediática artificial com uma dimensão raramente vista e a escassa participação verificada (apenas algumas centenas de pessoas no conjunto do País)», comentou o PCP, a propósito da acção de dia 21, referenciada como «coletes amarelos» e que visaria «parar Portugal».
«Isto traduz um claro distanciamento e rejeição pelos trabalhadores e o povo português desta acção e das suas intenções obscuras», afirma-se na nota divulgada nessa sexta-feira pelo Gabinete de Imprensa do Partido, por solicitação de vários órgãos de comunicação social.
O PCP sublinha que «foi a luta dos trabalhadores e do povo português que permitiu interromper o processo de agravamento da exploração, empobrecimento e afundamento do País e assegurar a defesa, reposição e conquista de direitos». Esta é «uma luta que prossegue de forma ampla, coerente e determinada» e «é decisiva para valorizar o trabalho e os trabalhadores, alcançar mais salários e pensões, horários dignos, emprego com direitos, melhores condições de trabalho, revogação das normas gravosas da legislação laboral, para defender os serviços públicos, taxar o grande capital e combater a corrupção, para concretizar uma política patriótica e de esquerda, com os valores de Abril, para um Portugal desenvolvido e soberano».