Adaptar a estrutura partidária à prioridade dada às empresas

ORGANIZAÇÃO Na Península de Setúbal, o Partido procedeu a alterações na estrutura de modo a corresponder à prioridade de organização e intervenção junto dos trabalhadores, nas empresas e locais de trabalho.

As células do PCP estão hoje maiores e mais dinâmicas

A antiga coordenadora regional de empresas e sectores da Organização Regional de Setúbal foi reestruturada tendo sido criado um novo organismo, especificamente voltado para as empresas e sectores prioritários. Participam os responsáveis pelas células da Autoeuropa, do Parque Industrial da Autoeuropa, da Navigator (ex-Portucel), da Visteon, da Lisnave, da Siderurgia Nacional, da Amarsul e Simarsul, das grandes superfícies, da Administração Pública e do sector sindical.

Em todas estas empresas e sectores, de grande dimensão e importância estratégica, o Partido conta com uma forte implantação e intervenção. Em várias edita e distribui com regularidade boletins e comunicados, que constituem uma peça central de toda esta acção, como sublinha Nelson Mota, membro do Comité Central que, na Direcção da Organização Regional de Setúbal, assume a responsabilidade pelas empresas e locais de trabalho.

Os trabalhadores dessas empresas e sectores, conta, «recebem muito bem os nossos boletins, valorizando o conhecimento que o Partido tem relativamente àqueles que são os seus problemas, aspirações e lutas». Este reconhecimento contribui para «reforçar a influência e papel do Partido nestas empresas», acrescenta. Tanto a célula da Autoeuropa como a do Parque Industrial da Autoeuropa contam ainda com páginas on-line onde são publicados, entre outras matérias, também os respectivos boletins, com «bastante alcance junto dos trabalhadores».

Para além do organismo específico para empresas e sectores prioritários, continua a funcionar a Coordenadora Regional que agrupa os responsáveis pelo trabalho junto das empresas e locais de trabalho em cada um dos concelhos e vários sectores profissionais de âmbito regional, como os transportes, correios, portaria e vigilância, EDP, agricultura e pescas.

Crescer onde mais é preciso
Para Nelson Mota, esta reestruturação da orgânica partidária visou «dar centralidade à acção nas empresas e locais de trabalho». Na antiga coordenadora, recorda, «coexistiam sectores e empresas muito distintos e com graus de organização muito diversos, o que levava a que muitas vezes a discussão se centrasse nas organizações mais avançadas e desenvolvidas». Os problemas das empresas ou sectores mais pequenas acabavam, assim, por ficar, por vezes secundarizados.

Agora, com a nova orgânica regional, «temos espaço para nos focarmos na discussão da organização e intervenção nas empresas prioritárias e, também, no desenvolvimento das outras, mais pequenas, com forte dinâmica no objectivo de criação de novas células». Esta modificação é acompanhada de um renovado esforço para, em cada um dos nove concelhos da região, reforçar os organismos voltados para a intervenção nas empresas e locais de trabalho, o que já está a acontecer e a atingir resultados prometedores, revela o membro do Comité Central. A responsabilização de quadros e alocação de meios para esta tarefa prioritária é fundamental para que estes organismos cumpram verdadeiramente o seu papel, alerta.

Nos dois organismos regionais vocacionados para a acção partidária junto dos trabalhadores, como em vários concelhos, há avanços organizativos a registar, garante Nelson Mota: novos militantes, mais quadros responsabilizados, células maiores e mais dinâmicas, uma crescente intervenção junto das empresas. Em suma, um Partido mais forte e preparado para os difíceis e exaltantes combates que há a travar.

 



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