A situação nas diferentes áreas de actividade e profissões intelectuais, marcadas no essencial por uma progressiva proletarização e assalariamento, baixos salários, precariedade dos vínculos laborais e desregulação dos horários, foi tema em destaque na assembleia, onde participaram cerca de 60 militantes comunistas. Foi ainda realçada a compressão da autonomia relativa que é característica das profissões intelectuais, a instrumentalização do trabalho intelectual e a subordinação das opções políticas aos interesses imediatos do grande capital.

As cerca de 30 intervenções proferidas abordaram a situação da cultura, da comunicação social, do Ensino Superior, da investigação científica, da arquitectura, do direito e justiça e das áreas tecnológicas, coincidindo numa avaliação: o ataque aos direitos dos trabalhadores destas áreas corresponde ao ataque a áreas de serviço público e de fundamental interesse para o desenvolvimento soberano do nosso País. Corresponde, assim, a objectivos políticos e ideológicos muito bem definidos.

O debate foi enquadrado pela realidade dos últimos anos: da repercussão do Pacto de Agressão das troikas nacional e estrangeira às consequências que perduram fruto das opções de classe do Governo do PS, passando pelos avanços – limitados e insuficientes, mas positivos – conseguidos nos últimos anos pela luta dos trabalhadores e do povo e por acção e iniciativa do PCP.

O desenvolvimento da luta dos trabalhadores intelectuais e o reforço do Partido, com a definição de medidas concretas que os concretizem, estiveram também em destaque na assembleia e nos documentos aprovados. A assembleia elegeu ainda o novo organismo de direcção, que ficou composto por 34 elementos. Jorge Pires, da Comissão Política, fez a intervenção de encerramento.