Para o ano fiscal de 2020, o presidente norte-americano autorizou a maior despesa militar anual da história do país. Depois de ter qualificado, recentemente, de «loucura» o orçamento militar de 716 mil milhões de dólares do próximo ano, Donald Trump mudou de opinião e apoiou os planos de pedir ao Congresso 750 mil milhões de dólares para gastos na «defesa» em 2020.

A inesperada decisão do presidente de aceitar o pedido do secretário da Defesa, James Mattis, e propor um aumento do orçamento foi revelada a vários meios de comunicação social por fontes oficiais. Parece ter resultado de uma reunião entre Trump, Mattis e os presidentes dos comités das forças armadas da Câmara dos Representantes e do Senado.

«São 750 [mil milhões de dólares]. O secretário Mattis assegurou-os durante o almoço com o presidente», indicou ao jornal Político uma fonte da administração Trump.

«O presidente apoia a estratégia de defesa nacional, assim como a ideia de continuar a reconstrução das forças armadas», assinalou um alto responsável à CNN, acrescentando que, com a ajuda dos congressistas, «Trump cedeu e apoiou o orçamento militar de 750 mil milhões».

«O Pentágono compromete-se a garantir que as nossas forças armadas continuem a ser a força mais letal do mundo», afirmou, por outro lado, o porta-voz daquele departamento, Mike Andres.

Não é claro o que fez Trump mudar de ideias. Antes, tinha sugerido uma redução de 5% nos gastos militares para 2020, passando dos 733 mil milhões de dólares propostos inicialmente para 700 mil milhões. Um grupo de 70 legisladores da Câmara dos Representantes instou-o na semana passada a não cortar a despesa orçamental, alertando-o para as «consequências desastrosas» para o poderio militar dos EUA que tal decisão implicaria.

O orçamento militar dos EUA em 2018 é de 700.000 milhões de dólares e o de 2019 terá mais 16 mil milhões, o maior da história norte-americana. Se se confirmar a quantia de 750 mil milhões para 2020, será uma nova escalada de gastos militares.