A greve foi decidida após a realização de uma reunião de organizações representativas de trabalhadores das três empresas, no passado dia 16, em Coimbra. «O Governo não quer honrar e cumprir os acordos assumidos, criando, assim, mais razões para a existência de um conflito laboral alargado», denuncia, em comunicado, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), alertando para a «degradação» da CP, EMEF e IP, em particular no que respeita ao transporte ferroviário.
À Lusa, José Manuel Oliveira, coordenador da FECTRANS, criticou a postura do Governo, que «continua a não dar resposta a uma reivindicação comum: negociar melhores condições para estes trabalhadores».
O Executivo PS nem sequer está a cumprir os acordos que tinha estabelecido com os sindicatos no sentido de ser desenvolvida uma negociação com vista a dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, que têm levado à concretização de várias greves ao longo do ano.
Como exemplo, José Manuel Oliveira referiu o acordo estabelecido em Fevereiro para a CP, que previa a negociação de medidas para entrarem em vigor em Outubro, mas que não resultou em nada, por não terem sido apresentado propostas.

Rodoviários

Nos dias 29 e 30 de Novembro, os trabalhadores das rodoviárias Tejo, Oeste e Lis vão estar em greve pela subida do salário e restante matéria pecuniária, bem como pela unificação das relações de trabalho. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) as reivindicações são para «todos os trabalhadores», sejam eles abrangidos pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros ou pelo Acordo de Empresa.
A decisão foi tomada nos plenários de Santarém, Alcanena, Caldas da Rainha e Leiria, realizados nos dias 10 e 11 de Novembro.