Cimeira de Istambul defende solução política para a Síria
Os dirigentes da Turquia, Rússia, Alemanha e França acordaram em Istambul, no sábado, 27, em redobrar as iniciativas políticas para, sob os auspícios das Nações Unidas, pôr fim ao conflito armado na Síria.
A cimeira reuniu os presidentes turco, Recep Erdogan, russo, Vladímir Putin, e francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
Numa declaração conjunta, os quatro líderes rejeitaram qualquer tentativa de desmembrar «a soberania e a integridade do Estado sírio» e reiteraram que uma solução só é possível através da negociação política dirigida pelo povo sírio no quadro da ONU.
Erdogan disse no final da cimeira que o objectivo é alcançar um cessar-fogo para travar o derramamento de sangue na Síria e realçou que o processo de paz de Astana, de que a Turquia, Rússia e Irão são garantes, é um exemplo para a comunidade internacional. Sobre os refugiados sírios, reiterou as expectativas da Turquia de que a União Europeia cumpra os seus compromissos de partilhar de maneira justa os encargos de ajudar os deslocados.
Putin abordou também a questão dos refugiados sírios e insistiu na necessidade de uma maior colaboração entre a Rússia e os países ocidentais. «Queremos organizar uma conferência internacional sobre os refugiados. Já reinstalamos um milhão e meio de sírios no seu país», revelou.
Tanto Merkel como Macron destacaram a importância da via política inclusiva, dando a palavra ao povo sírio para escolher o seu futuro. A chanceler alemã sublinhou a necessidade de se encontrar uma solução política para a Síria. «A Síria deve ser uma pátria segura para todos os seus cidadãos», repetiu, evocando a questão do regresso dos refugiados.