Frente democrática junta partidos no apoio a Haddad
ALERTA Votar por Haddad é a resposta à sombra do fascismo que ameaça estender-se sobre o Brasil, alertaram seis partidos políticos agrupados numa frente democrática em apoio ao candidato presidencial.
É hora de unidade e luta pela democracia e o futuro do Brasil
As sementes do ódio e da violência lançadas nos últimos anos pelas forças reaccionárias e pelos donos das grandes fortunas deram vida a uma candidatura (a do ultra-direitista Jair Bolsonaro) que é o oposto aos valores da democracia, da liberdade, da soberania nacional e dos direitos do povo, proclamam os partidos da frente democrática apoiante de Fernando Haddad.
Num documento divulgado na terça-feira, 16, os seis partidos consideram que é hora de unir-se e lutar e convocaram os cidadãos a votar na segunda volta das eleições presidenciais pela democracia e pelo futuro do país.
O texto, subscrito pelos partidos dos Trabalhadores (PT), Comunista do Brasil (PCdoB), Republicano da Ordem Social (PROS), Comunista Brasileiro (PCB), Socialista Brasileiro (PSB) e Socialismo e Liberdade (PSOL), acentua que o Brasil vive um momento histórico que exige uma resposta firme de todos os democratas. Insiste em que votar por Haddad é responder às mentiras e à violência que alastram por todo o país como antecipação ao estabelecimento de um Estado autoritário, contra a vida, os direitos das pessoas, a liberdade e a justiça.
Segundo o mais recente inquérito sobre as intenções de voto para a segunda volta das presidenciais, a 28 de Outubro, divulgado no início da semana pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), Bolsonaro lidera com 59%, enquanto Haddad reúne 41% das preferências dos brasileiros.
Ao comentar a sondagem, o jornalista Fernando Brito notou que ela foi feita antes da adesão clara à campanha de Haddad de outras forças políticas que se opõem à ascensão do candidato fascista ao poder. A constituição da frente democrática é a única forma de «evitar o desastre que será a implantação de um governo autoritário no Brasil», escreve o jornalista. Considera que a lucidez tem ainda uma possibilidade de se impor mas alertou que na segunda volta «não venceremos sem reforços e os reforços estão ainda no muro» da indecisão.
Juristas brasileiros que integram o grupo Prerrogativas lançaram esta semana um manifesto de apoio à candidatura de Haddad, classificando-o como o único candidato capaz de garantir a continuidade do regime democrático e dos direitos que lhe são inerentes, num ambiente de paz, de tolerância e de garantia das liberdades públicas.