Greve nos portos
A greve de 24 horas dos estivadores, iniciada às oito horas de 27 de Julho, sexta-feira, teve uma adesão de 100 por cento dos trabalhadores abrangidos, nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal, Ponta Delgada e Praia da Vitória, informou o Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística, no sábado. O SEAL convocou nova greve ao trabalho suplementar por quatro semanas, a partir de 13 de Agosto.
A direcção da Organização do PCP na Região Autónoma da Madeira declarou a sua solidariedade com esta jornada de luta. Numa nota de imprensa de dia 27, precisa-se que a luta está relacionada «com crescente proliferação de práticas anti-sindicais no porto do Caniçal e com a precarização do sector».
«O facto de termos na Região operações portuárias a preços exorbitantes não significa que os trabalhadores do sector, nomeadamente os estivadores, tenham direitos laborais e salários que dignifiquem a profissão», protesta o Partido.
Com o piquete de greve no porto de Lisboa, a prestar solidariedade, esteve o deputado comunista Bruno Dias. A direcção regional do PCP assinalou que esta luta nacional «começou por ser contra as práticas anti-sindicais nos portos de Leixões e do Caniçal», mas aos seus objectivos acresceu a concretização dos aumentos salariais já acordados em Lisboa.