Prioridade ao reforço do PCP onde pulsa a exploração capitalista
CAMPANHA Dar mais força ao PCP, é condição necessária para avançar na valorização dos trabalhadores e afirmar a alternativa capaz de o concretizar. Esta foi a ideia-chave da sessão realizado faz hoje uma semana em Oeiras.
As possibilidades de crescimento do PCP estão longe de se esgotar
Na iniciativa ocorrida ao final da tarde de dia 14, no Auditório Municipal Lourdes Norberto, inserida nas acções partidárias com o objectivo de reforço da organização e intervenção do colectivo comunista, participou e interveio Jerónimo de Sousa.
Entre a abertura e o encerramento, a cargo do Secretário-geral, usaram da palavra militantes que recentemente aderiram ao PCP e outros que, tendo já tomado Partido, notaram a importância de tal passo. Decisivo, acrescentaram, quando é acompanhado da assunção de responsabilidades, sejam elas de maior ou menor complexidade, e muito mais tratando-se de novos quadros em empresas e locais de trabalho.
Sobre a centralidade na actividade e projecto do PCP de que se reveste o reforço da organização comunista onde «pulsa a exploração capitalista e se forja a consciência de classe» - como haveria de referir Jerónimo de Sousa, falou João Alves. O responsável pelo sector empresas e membro do executivo da Comissão Concelhia de Oeiras realçou que desde o início da campanha de contacto com cinco mil trabalhadores no activo, que todavia prossegue, foram já recrutados dez trabalhadores num total de 13 novos militantes.
As possibilidades de crescimento da organização e influência do PCP estão, porém, longe de se esgotar. Pelo contrário, «milhares de trabalhadores neste concelho estão descontentes e não se resignam. É a estes que nos temos de dirigir», insistiu João Alves, antes de lembrar que se os capitalistas se organizam nos seus partidos, também a classe operária e os trabalhadores têm de o fazer no seu, que é o PCP.
Enfatizando, por um lado, a exigência das batalhas travadas pelo Partido, cuja iniciativa foi determinante para a reposição e conquista de direitos e rendimentos, os quais mesmo que insuficientes importa valorizar; e, por outro, lembrando que no momento em que o Governo do PS se alia a PSD e CDS para prosseguir a ofensiva anti-laboral, no seguimento do agravamento da legislação de que são de resto os responsáveis, resulta evidente que são os comunistas quem mais consequentemente se bate por um caminho inverso e antagónico: o da defesa e avanço nos direitos, de valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Daí que «um PCP com uma organização mais forte e mais reforçada em número de militantes e em militância activa, mais presente nas empresas e locais de trabalho e na vida local; mais reforçada em quadros para assegurar o trabalho estruturado de organização e de direcção necessário ao desenvolvimento da sua acção a todos os níveis, é um PCP mais capacitado para agir e intervir em defesa dos trabalhadores, mas também das populações e na solução dos seus problemas», concluiu.